O emprego de suportes historicamente rejeitados pela tradição artística no ensino de Artes Visuais

Autores

  • Glenda Maíra Silva Melo Universidade do Estado de Minas Gerais

Palavras-chave:

Ruptura, Ensino de Arte, Artes visuais, Arte povera,

Resumo

Este pesquisa analisa a metodologia de ruptura do suporte elaborada para o ensino de artes visuais na E.M.E.B “Engenheiro Agrônomo Urbano de Andrade Junqueira” da cidade de Guará. O objetivo desta pesquisa é identificar abordagens de ensino capazes de suplantar a falta de recursos materiais, informacionais e instrumentais e de aproximar o universo das artes visuais da realidade sociocultural dos educandos. A proposta metodológica desenvolvida consistiu na utilização de materiais historicamente rejeitados pela tradição artística na produção de esculturas, pinturas, desenhos e gravuras. Tal metodologia teve inspiração no movimento italiano da arte povera, que defendia a utilização de suportes não convencionais como forma de promover o fim da barreira entre a arte e o proletariado. A pesquisa-ação correspondeu à metodologia empregada durante todo o percurso investigativo. Os resultados obtidos apontam que a falta de material e instalações adequadas não deve se transformar em empecilho para o ensino de artes visuais, já que o emprego de materiais diversos e de variedade técnica permitiu o enriquecimento das experiências artísticas vivenciadas pelos alunos. A relevância deste estudo está em fornecer subsídios a professores que não dispõem de recursos importantes para o ensino de artes visuais nas instituições onde atuam.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Glenda Maíra Silva Melo, Universidade do Estado de Minas Gerais

Sou docente dos cursos de Design de Moda e Ciências Contábeis da Universidade do Estado de Minas Gerais. Possuo bacharelado em estilismo em Moda (Uel), licenciatura em Educação Artística (Unifran), especialização em arte e Criatividade (Unifran), especialização em ensino de Artes visuais (Ufmg) e mestrado em Têxtil e Moda. Atuo nas áreas de ensino (Artes e Moda) e pesquisa (ensino de Artes, aspectos antropológicos do vestuário e restauração e conservação de têxteis).

Referências

ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. 2ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

BUORO, Anamélia Bueno. O Olhar em Construção: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte na escola. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2000.

CONTE, Lara; MARANIELLO, Gianfranco; PENONE, Ruggero. Limites sem limites: desenhos e traços da Arte Povera. Porto Alegre: Fundação Iberê Camargo, 2014. 120 p. Catálogo de exposição, 22 ago - 02 nov. 2014. Fundação Iberê Camargo.

FISHER, Ernest. A necessidade da arte. 9 ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 1987.

GERMANO, Beta. A obra de Mario Merz em 5 tempos: Mostra reúne trabalhos importantes do artista. Disponível em: < http://casavogue.globo.com/Colunas/Gemada/noticia/2015/07/obra-de-mario-merz-em-5-tempos.html > Acesso em 21 Abr. 2016.

IAVELBERG, Rosa. Para gostar de aprender arte: sala de aula e formação de professores. Porto Alegre: Artmed, 2003.

MARTÍ, Silas. Kounellis criou arte da presença incomoda. Folha de São Paulo, São Paulo, 18 fev. 2017, Caderno Ilustrada, C.5.

PIMENTEL, Lucia Gouvêa. O ensino de arte e sua pesquisa: possibilidades e desafios. Belo Horizonte: UFMG, 2006.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Caderno do professor: arte, ensino fundamental – 5a série, vol. 01. São Paulo: SEE, 2008.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Caderno do professor: arte, ensino fundamental – 7a série, vol. 01. São Paulo: SEE, 2008.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Caderno do professor: arte, ensino fundamental – 7a série, vol. 02. São Paulo: SEE, 2008.

SOUZA, Alcídio M. Artes Plásticas na Escola. 2 ed. Rio de Janeiro: Bloch, 1970.

STRICKLAND, Carol. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. 3 ed. Rio de Janeiro: 1999.

TATE MODERNO GALLERY. Zero to infinity: Art Povera 1962 – 1972. London: Tate Moderno Gallery, 2001. Catálogo de exposição. 31 mai - 19 Ago. 2001. Tate Moderno Gallery.

VENDRAMI, C. O imaterial do material: um relato sobre questões éticas que envolvem a escultura de Luciano Fabro. Eletras, vol. 18, n.18, jul. 2009. Disponível em < http://www.utp.br/eletras/ea/eletras18/texto/AV_resumo_18.1_Carla_Vendrami_O_imaterial_do_material.pdf > Acesso em: 06 mar. 2010.

Downloads

Publicado

01-10-2018

Como Citar

MELO, Glenda Maíra Silva. O emprego de suportes historicamente rejeitados pela tradição artística no ensino de Artes Visuais. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 14, n. 4, p. 173–193, 2018. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/11572. Acesso em: 13 nov. 2024.