Práticas Teatrais e Resistência: entre a desrazão e a governamentalidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573103362019273

Palavras-chave:

Arte e resistência, Teatro e política, Ação cultural, Grupos de teatro e ação artística

Resumo

Este artigo levanta questões em torno do teatro como veículo de libertação e resistência política. Busca indicar como o seu potencial enquanto técnica de si e espaço de experiência foi enredado nas malhas da governamentalidade. Indica as questões que tradicionalmente se direcionam ao trabalho artístico como prática pedagógica, procurando refletir sobre as linhas de força que constituem os embates entre poder e liberdade. Concentra-se na experiência do coletivo paulista II Trupe de Choque, em sua residência artística no Hospital Psiquiátrico Pinel, refletindo sobre as formas de resistência e contraconduta gestadas nesse processo.

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Biografia do Autor

Suzana Schmidt Viganó, Universidade do Estado de São Paulo (USP)

Doutora em Pedagogia do Teatro e Mestre em Artes pela ECA-USP. Professora da Licenciatura no Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP e da Pós-Graduação em Arte-Educação no Senac-SP. Pesquisadora atuante no campo da Ação Cultural, é consultora em Projetos Educacionais e Políticas Públicas de Cultura. É coordenadora do Núcleo Quanta, de pesquisa e produção artística para a primeira infância.

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Publicado

2019-12-13

Como Citar

VIGANÓ, Suzana Schmidt. Práticas Teatrais e Resistência: entre a desrazão e a governamentalidade. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 3, n. 36, p. 273–285, 2019. DOI: 10.5965/1414573103362019273. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/15796. Acesso em: 19 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático - Pedagogia do Teatro: vozes da América Latina