Arte participativa, tragédia social e dissenso político: uma batalha possível

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DOI:

https://doi.org/10.5965/2175234616392024e0011

Palavras-chave:

arte participativa, tragédia social, dissenso, batalha de orgreave, Jeremy Deller

Resumo

Este artigo analisa a relação entre a tragédia social da agenda neoliberal e o dissenso político da arte participativa através de um caso concreto: a performance coletiva Batalha de Orgreave, do artista inglês Jeremy Deller. Realizada em 2001, a obra propõe, no plano da memória coletiva, a reencenação de um dos mais violentos conflitos do pós-Guerra entre as políticas neoliberais e a classe trabalhadora: o trágico ataque policial contra mineradores em greve perpetrado durante a era Margaret Thatcher, na Inglaterra, dezessete anos antes, em 1984. Para a reconstrução da batalha, Deller conta com a cooperação de cerca de mil participantes, centenas dos quais “veteranos” do conflito de origem, incluindo ex-mineradores e ex-policiais. A análise do evento é realizada a partir da teoria neo-aristotélica da “tragédia social” da socióloga Stephanie Baker, em articulação com os conceitos de “dissenso político” e “antagonismo” de Jacques Rancière, Ernesto Laclau, Chantal Mouffe e Claire Bishop. Ao final, conclui-se que a elaboração coletiva de uma tragédia social, central em obras como essa, tem na mecânica da retração autoral um de seus prováveis limites políticos.

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Publicado

2024-09-05

Como Citar

FREITAS, Artur Correia de. Arte participativa, tragédia social e dissenso político: uma batalha possível. Palíndromo, Florianópolis, v. 16, n. 39, p. 1–23, 2024. DOI: 10.5965/2175234616392024e0011. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/25125. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

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Artigos Seção temática