O dispositivo videográfico e as narrativas de si mesmo e do outro: Videocorpo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175234610212018101

Palavras-chave:

corpo, videoperformance, dispositivo videográfico, Nina Galanternick

Resumo

Apresentamos este artigo sobre as narrativas de si mesmo e do outro por meio do estudo do vídeo Entre de Nina Galanternick. Partindo do argumento de que o corpo que performa para a câmera atua como um operador de sentido do dispositivo videográfico e que o sincretismo corpo-máquina age como protagonista da construção de identidade entre os sujeitos, buscamos aproximar o vídeo das ideias de programação e dispositivo, para defendê-lo como elemento performático, para além de um meio de registro ou documentação. Para fundamentação teórica optamos pelos autores Gilles Deleuze, Giorgio Agamben e Vilém Flusser e seus estudos sobre dispositivos e técno-imagens, Hans Belting e a relação entre corpo e imagem e Arlindo Machado e a arte do vídeo brasileiro. Conhecer as relações entre visibilidade e interação, corpo e vídeo, arte performática e linguagem videográfica nos permitiu compreender como se constroem o sentido da vida, das relações entre os corpos e as narrativas de si mesmo e do outro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Regilene Aparecida Sarzi-Ribeiro, São Paulo State University

Pós-Doutora em Artes, pelo Instituto de Artes da UNESP/SP. Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Professora Assistente Doutora do Departamento de Artes e Representação Gráfica da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP/Bauru/SP. Docente permanente do Programa PPGMiT: Pós-Graduação em Mídia e Tecnologia da FAAC (UNESP/Bauru) na Linha de Pesquisa: Tecnologias Midiáticas. Docente colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Artes do Instituto de Artes da UNESP/SP, na Linha de Pesquisa: Abordagens Teóricas, Históricas e Culturais da Arte. Líder do Grupo de Pesquisa labIMAGEM: Laboratório de Estudos da Imagem, credenciado no CNPq e certificado pela UNESP. Colíder do grAVA: Grupo de Pesquisa em Artes Visuais e Audiovisual (UNESP/FAAC/Bauru). Pesquisador dos Grupos de Pesquisa: Arte e Tecnologia (UFSM/RS) e GEA: Grupo de Estudos Audiovisuais (UNESP/FAAC/Bauru.). Membro da Diretoria, Biênio 2017-2108, da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas: ANPAP, onde compõe o Comitê História, Teoria e Crítica de Arte. Membro do Comitê Científico da Revista Educação Gráfica (UNESP/FAAC/Bauru). Consultora do Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE-GP) para avaliação de Cursos de Graduação/Ensino Superior. Atua na área de Artes Visuais com ênfase para História da Arte; Arte Contemporânea e Audiovisual, Teoria e Crítica das Artes do Vídeo e do Audiovisual, Corpo, Arte Eletrônica e Tecno-Imagens. Como Artista Visual desenvolve trabalhos articulando o corpo às linguagens da fotografia e do vídeo, vídeo-pintura e videoarte.

Referências

AGAMBEN, G. O que é um dispositivo?. In: outratravessia. Florianópolis, n. 5, jan. 2005. p.9-16, Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/Outra/article/view/12576>. Acesso em: 14 jul. 2016.

BELTING, H. Imagem, Mídia e Corpo: Uma nova abordagem à Iconologia.In: Revista Ghrebh-, Imagens e Mediações, vol. 1, no. 08, 2006. p.32-60. Disponível em: <http://www.revista.cisc.org.br/ghrebh/index.php?journal=ghrebh&page=article&op=view&path%5B%5D=178&path%5B%5D=189>. Acesso em: 14 jul. 2016.

CAPRA, F. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. 7ª. ed. São Paulo: Cultrix, 2011. 296p.

DELEUZE, G. “O que é um dispositivo”. In: O mistério de Ariana. Lisboa: Vega, 1996, s/p.

ENTRE. Nina Galanternick, edt. Videoarte. 1999. Disponível em: < http://ninagalanternick.com/Entre-1> Acesso em: 21 de abr. 2018.

FLUSSER, V. Filosofia da Caixa Preta. Ensaios para uma futura filosofia da fotografia. São Paulo: Annablume, 2011.108p.

FLUSSER, V. O Universo das Imagens Técnicas. Elogio da superficialidade. São Paulo: Annablume, 2008. 150p.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. São Paulo: Edições Graal, 2003. 430p.

MACHADO, A. Made in Brasil. Três décadas do vídeo brasileiro. São Paulo: Iluminuras, 2007. 443p.

SARZI-RIBEIRO, R. A. Regimes de visibilidade do corpo fragmentado e construção de sentido e interação na videoarte brasileira. São Paulo. Tese (Doutorado). Pontifícia Universidade Católica – PUC, São Paulo – SP. 2012, 384p.

Downloads

Publicado

2018-07-31

Como Citar

SARZI-RIBEIRO, Regilene Aparecida. O dispositivo videográfico e as narrativas de si mesmo e do outro: Videocorpo. Palíndromo, Florianópolis, v. 10, n. 21, p. 101–115, 2018. DOI: 10.5965/2175234610212018101. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/12632. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Seção temática