ESCULTURA CERÂMICA PÚBLICA: A RELAÇÃO PRODUTIVA ENTRE A ARTE, MUNICÍPIOS E A INDÚSTRIA

Autores

  • Sérgio Vicente Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa http://orcid.org/0000-0002-1678-9371
  • Virgínia Fróis Professora Associada na Faculdade de Belas Artes Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.5965/2358092518182017122

Palavras-chave:

arte pública , cerâmica , indústria

Resumo

A análise de dois exemplos de escultura cerâmica monumental concluídas em 1993 e 1998, na cidade de Almada, Portugal, respetivamente o Monumento ao Associativismo e à Vida, é demonstrativa dos modos de promoção e produção da cerâmica adaptada às exigências dos projetos de escultura monumental para o espaço público. Obras que foram a génese de um modelo que levou ao estabelecimento, ao longo dos últimos vinte anos, de fortes ligações entre escultores, universidade, autarquias e os polos mais importantes da indústria cerâmica portuguesa, num contexto de contínua e agonizante crise na industria cerâmica. A análise da história destas duas obras, é a história de um modelo de promoção de escultura humanista por órgãos municipais socialmente engajados, no qual, a cerâmica de grande escala teve o seu protagonismo na cidade na década de 90, numa época de pujante infraestruturação urbana, contrariando a crise social-urbana de décadas anteriores.

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Biografia do Autor

Sérgio Vicente, Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa

Desenvolve o seu percurso como Escultor conjuntamente com a sua carreira académica como professor na Universidade de Lisboa, Faculdade de belas Artes desde 2001. É licenciado em Escultura na mesma Universidade e é Mestre em Design Urbano pela Universidade de Barcelona. É Doutor em Escultura pela Universidade de Lisboa. O seu trabalho foi financiado através de bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Fundação Oriente (Lisboa), e pelo Ministério da Educação do Governo do Japão (Tóquio). Tem vindo a desenvolver a sua investigação no CIEBA (Universidade de Lisboa) e VICARTE (Universidade Nova), em projectos de arte pública tal como tem recebido diversos prémios em concursos públicos de promoção da arte na cidade.

Virgínia Fróis, Professora Associada na Faculdade de Belas Artes Universidade de Lisboa

É professora de Escultura na Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas Artes desde 1989, onde desenvolve as suas actividades como investigadora e ensino. Fundou a Associação Oficinas do Convento (1996) em Montemor-o-Novo, Portugal, onde é coordenadora artística do Projecto do Telheiro. Dirigiu o restauro das esculturas em terracota no Mosteiro de Alcobaça, Portugal, onde participou na exposição Evocações (2003). Em 2005 iniciou o projecto Guardar Águas, onde investiga nos domínios da etnocerâmica – as mulheres oleiras na comunidade de Trás di Munti na municipalidade do Tarrafal de Santiago em Cabo Verde. Foi investigadora visitante na Universidade Estadual de São Paulo, UNESP, Brasil, (2010 e 2012).

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Publicado

2018-05-14

Como Citar

VICENTE, Sérgio; FRÓIS, Virgínia. ESCULTURA CERÂMICA PÚBLICA: A RELAÇÃO PRODUTIVA ENTRE A ARTE, MUNICÍPIOS E A INDÚSTRIA. Revista NUPEART, Florianópolis, v. 18, n. 2, p. 122–138, 2018. DOI: 10.5965/2358092518182017122. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/nupeart/article/view/10377. Acesso em: 20 dez. 2024.