Revolução grisalha: identidade e aparência feminina a partir da experiência de Daniela De Bonis Coutinho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1982615x17422024e0005

Resumo

Daniela De Bonis Coutinho é a fundadora e administradora da comunidade fechada no Facebook Brasil “Grisalhas Assumidas e em Transição”. Foi criada em 2016, quando ela tinha 36 anos e passava pelo processo de transição da cor dos cabelos, pois já possuía muitos fios brancos. O intuito foi reunir mulheres que estavam passando pela mesma experiência, visando compartilhar histórias, desafios e, principalmente, fomentar apoio mútuo. Atualmente, a comunidade reúne em média 125,8 mil participantes. Inclui também mulheres simpatizantes, que apenas observam as publicações e comentários. A visibilidade ocasionou a certificação do Facebook e seleção para participar de diversos programas da Meta Plataforms. É a única comunidade brasileira que faz parte do Facebook Power Admins Global. Recebeu a certificação empresarial e pessoal da Meta pelo segundo ano consecutivo em Community Management. Ao longo das publicações na comunidade percebe-se novas possibilidades de construção da aparência feminina na contemporaneidade, bem como o surgimento de um movimento social feminino, de caráter identitário, político e individual. As duas principais bandeiras são rompimento e libertação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bárbara Santos Aires, Universidade de São Paulo

Consultora de imagem, estilo e cor pela Fundação Armando Alvares Pentesado (FAAP). Mestra e graduada em Têxtil e Moda pela Universidade de São PAulo (USP). Estudou Design de Moda na Uninersidade Técnica de Lisboa (UTL), durante intercâmbio universitário. Membro do grupo de ensino, pesquisa e extensão Envelhecimento, aparência e significado (EAPS). Site: https://sites.usp.br/grupoeaps/

Andrea Lopes, Universidade de São Paulo

Doutora em Educação na área de concentração Gerontologia (FE/Unicamp), com bolsa sanduíche (CAPES) nos Estados Unidos, quando atuou como pesquisadora visitante na University of Southern California e no Center for Healthy Aging. Seu Mestrado é em Gerontologia (FE/Unicamp), com bolsa FAPESP. O Bacharelado e Licenciatura são em Ciências Sociais (FFLCH/FE/USP), realizando iniciação científica com o auxílio da FAPESP. Atualmente, Andrea Lopes é professora doutora da Universidade de São Paulo, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), nos cursos de Graduação e Pós-Graduação de Gerontologia e de Têxtil e Moda. Atuou por duas vezes como pesquisadora visitante bolsista no Max Planck Institute for Human Development (Alemanha). Igualmente, foi pesquisadora visitante bolsista no Institute for Developing Economies/JETRO (Japão). Realizou outra parceria financiada com a mesma instituição, investigando a construção da aparência de idosos de baixa renda moradores da cidade de São Paulo. Foi professora visitante da Escola Superior de Educação de Coimbra, Portugal. Colaborou no Projeto Rede Fibra, Pólo Unicamp, que desenvolve pesquisa sobre Fragilidade em idosos brasileiros, do ponto de vista biopsicosocial, com apoio CNPq. Também colaborou na pesquisa sobre Educação Permanente entre Idosos da UnATI EACH USP, financiada pelo INEP-MEC. Dedica-se à temática Envelhecimento e Aparência desde 2009. Coordena o grupo de pesquisa, ensino e extensão Envelhecimento, Aparência e Significado (EAPS). Possui experiência em Antropologia Urbana, relações socioculturais e método etnográfico, especialmente na interface com os campos da Moda e da Gerontologia. Lidera trabalhos de extensão envolvendo divulgação científica por meio das Artes Visuais

Referências

AIRES, B. S.; LOPES, A. “Revolução grisalha: libertação e midiatização”. Revista Mídia e Cotidiano, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 135-159, jan.-abr. 2023.

ASSIS, C. P., et al. Mitos e estereótipos em periódicos brasileiros de gerontologia: uma revisão de escopo. Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, v. 28, 2023.

DADALTO, L.; MASCARENHAS, I. de L.; MATOS, A. C. H. Salvem também os idosos: etarismo e a alocação de recursos na realidade brasileira de combate à COVID. Revista Civilistica.com. Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 1-19, jul. 2020.

FIALHO, C.; MIRANDA, T. Grisalhas: identidade e liberdade feminina. São Paulo: Barn Editorial, e-book Kindle, 2021.

LIPOVETSKY, G.; SERROY, J. (2015). A estetização do mundo: viver na era do capitalismo artista. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

NEVES, D. F. das. Mulheres de cabelos brancos: reflexões sobre desvio e padrões de feminilidade. In: GOLDENBERG, M. (Org.). Velho é lindo! 1.ed. Rio de Janeiro: Editara Civilização Brasileira, 2016. p. 39-78.

WOLF, N. O mito da beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1992.

YOKOMIZO, P.; LOPES, A. Aparência, uma revisão bibliográfica e proposta conceitual. Revista dObra[s], São Paulo, v. 12, n. 26, p. 227-244, 2019.

Publicado

2024-03-27

Como Citar

AIRES, Bárbara Santos; LOPES, Andrea. Revolução grisalha: identidade e aparência feminina a partir da experiência de Daniela De Bonis Coutinho. Modapalavra e-periódico, Florianópolis, v. 17, n. 42, p. 01–09, 2024. DOI: 10.5965/1982615x17422024e0005. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/modapalavra/article/view/25028. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Entrevista