Educação estética e redes sociais: despertando a atenção sensível em adolescentes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/25944630922025e6985

Palavras-chave:

Educação estética, Redes sociais, Adolescentes, Copresença conectada, Diversão educacional

Resumo

Nas redes sociais, os adolescentes são expostos a uma grande quantidade de imagens e sons, continuamente. A hiperconectividade em que evoluem tem um impacto significativo nas formas de atenção aos conteúdos disponíveis e, por extensão, às obras veiculadas em plataformas conectadas. Nesse contexto, a apreciação estética, que exige tempo e atenção sensível, pode representar um desafio. Este artigo questiona essa questão apoiando uma estrutura teórica em torno das noções de atenção, copresença conectada, educação no olhar e atenção e diversão artística e pedagógica. Em seguida, ele propõe a análise de uma história de atividades de valorização que ocorreram no ensino de artes visuais e de mídia em escolas secundárias de Quebec. A partir dessa narrativa, o artigo identifica orientações pedagógicas que promovem a atenção diferenciada, a intersubjetividade e a processualidade da co/presença para educar para o olhar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marie-Pierre Labrie, Université du Québec à Montréal

Marie-Pierre Labrie atua como pedagoga e artista em contextos escolares e comunitários há mais de quinze anos. Lecionou didática das artes em diversas universidades québebecanas. Destacam-se suas colaborações com o Centre Turbine (2012-2020) e a organização Leave Out Violence (2005-2009). Sua prática profissional a conduziu ao desenvolvimento de uma abordagem pedagógica colaborativa, fundamentada na arte contemporânea, na intersecção entre tecnologias, corpo e materialidade.

Financiada pelo CRSH (Conselho de Pesquisa em Ciências Humanas do Canadá) e pelo Ministério da Educação do Québec, sua pesquisa doutoral investiga a pedagogia da corporeidade (embodied pedagogy) e a copresença conectada, visando fomentar a criação digital por estudantes do ensino médio mediante o uso de mídias móveis e sociais. Integrante do Grupo de Pesquisa em Letramento Midiático Multimodal (LMM, UQAM) e do coletivo AmalGAME (Faculdade de Artes), Labrie aprofunda seus interesses acadêmicos na integração do digital e da multimodalidade no ensino das artes. Em parceria com o Projeto Someone e o Centre pour l’étude de l’apprentissage et la performance (Universidade Concordia), contribuiu para iniciativas que promovem a inclusão social por meio da educação artística.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Qu’est-ce qu’un dispositif ? Payot et Rivages. 2006.

ASTIER, Philippe. Les dispositifs, utopie éducative pour temps de crise : un point de vue sur l'ensemble des textes. TransFormations-Recherches en Education et Formation des Adultes, (7), 2012.

CERTEAU, Michel de, GIARD, Luce et MAYOL, Pierre. L'invention du quotidien.

Les arts de faire (Nouvelle éd.). Gallimard. 1990.

CHAYKO, Mary. Techno-social life: The internet, digital technology, and social connectedness. Sociology Compass, 8(7), 2014, p. 976-991.

CITTON, Yves. Pour une écologie de l’attention. Le Seuil. 2014.

DE FIGUEIREDO, Emilie. Synchronie et asynchronie dans les communications numériques entre adolescents et professionnels de la jeunesse. Dans J. Lachance (dir.), Accompagner les ados à l’ère numérique. Les Presses de l’Université Laval, 2019, (p. 175-193).

DOMENECH, Theodora. Expérience esthétique en milieu numérique. Sociétés & Représentations, 75(1), 2023, p. 163-177.

FOURQUET-COURBET, Marie-Pierre et COURBET, Didier. Anxiété, dépression et addiction liées à la communication numérique. Quand Internet, smartphone et réseaux sociaux font un malheur. Revue française des sciences de l’information et de la communication, (11), 2017. https://doi.org/10.4000/rfsic.2910

GIDDENS, Anthony. Sociology (2e éd.). Polity Press. 1993.

GOFFMAN, Erving. Behavior in public places: notes on the social organization of gatherings. Free Press of Glencoe. 1963.

GOODMAN, Nelson. Langages de l’art : une approche de la théorie des symboles.

Édition Jacqueline Chambon. 1990.

GRABHER, Gernot, et al. From being there to being aware: Confronting geographical and sociological imaginations of copresence. Environment and planning A, 50(1), 2018, p. 245-255.

HABILOMÉDIAS Jeunes Canadiens dans un monde branché, Phase IV: La vie en ligne. HabiloMédias. Ottawa. 2023. Récupéré le 9 juin 2023 au : https://habilomedias.ca/sites/default/files/publication-report/full/life-online-report- fr-final-11-22.pdf

HAYLES, N. Katherine. Hyper and deep attention: The generational divide in cognitive modes. Profession, 2007, p. 187-199.

HEINICH, Nathalie. Le paradigme de l'art contemporain structures d'une révolution artistique. Gallimard. 2014.

ITO, Mizuko. et al. Hanging out, messing around, and geeking out: Kids living and learning with new media. The MIT Press. 2013.

JAURÉGUIBERRY, Francis et PROULX, Serge. Usages et enjeux des technologies de communication. Érès. 2011.

LABRIE, Marie-Pierre. Corps mobiles et connectés : design éducatif pour la création numérique multimodale dans les réseaux sociaux. Thèse de doctorat. Montréal (Québec), Université Concordia. 2024. https://spectrum.library.concordia.ca/id/eprint/994121/

LEMERISE, Suzanne. Théories du développement graphique: de la naissance à l'épuisement d'un modèle. Dans F. Gagnon-Bourget et F. Joyal (dir) L'enseignement des arts plastiques: recherches, théories et pratiques, 2000, 11-21.

LICOPPE, Christian. Les formes de la présence. Revue française des sciences de l’information et de la communication, (1), 2012.

MANOVICH, Lev. Une esthétique post-média. Appareil, (18), 2017.

McKENNEY, Susan et REEVES, Thomas C. Conducting educational design research (2e éd). Routledge. 2019.

MISRA, Shalini et al. The iPhone Effect: The Quality of In-Person Social Interactions in the Presence of Mobile Devices. Environment and Behavior, 48(2), 2016, p. 275-298. https://doi.org/10.1177/0013916514539755

PERAYA, Daniel, CHARLIER, Bernadette et DESCHRYVER, Natha ;ie. Apprendre en présence et à distance : une définition des dispositifs hybrides. Distances et savoirs, 4(4), 2006, p. 469- 496.

RUSH, Michael. New media in art. Thames et Hudson. 2011. SCHAEFFER, Jean-Marie. L’expérience esthétique. NRF essais, 2015.

UHLS, Yalda T. et al. Five days at outdoor education camp without screens improves preteen skills with nonverbal emotion cues. Computers in Human Behavior, 39, 2014, p. 387-392. https://doi.org/10.1016/j.chb.2014.05.036

ZHAO, Shanyang et ELESH, David. Copresence as ‘Being With’. Information, Communication and Society, 11(4), 2008, p. 565-583. https://doi.org/10.1080/13691180801998995

ZHAO, Shanyang. Toward a Taxonomy of Copresence. Presence: Teleoperators & Virtual Environments, 12(5), 2003, p. 445-455. https://doi.org/10.1162/105474603322761261

Downloads

Publicado

01-06-2025

Como Citar

LABRIE, Marie-Pierre. Educação estética e redes sociais: despertando a atenção sensível em adolescentes. Revista de Ensino em Artes, Moda e Design, Florianópolis, v. 9, n. 2, p. 1–27, 2025. DOI: 10.5965/25944630922025e6985. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/ensinarmode/article/view/26985. Acesso em: 18 jun. 2025.

Edição

v. 9 n. 2 (2025): A apreciação da arte e das imagens nos contextos educativos, sociais e culturais contemporâneos : contribuições e desafios

Seção

Dossiê

Licença

Copyright (c) 2025 Marie-Pierre Labrie

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
  2. Plágio, em todas as suas formas, constitui um comportamento antiético de publicação e é inaceitável. Esta revista utiliza o software iThenticate de controle de similaridade".