Valoração dos Cursos de Moda segundo o nome e grau acadêmico

Autores

  • Adriana Tulio Baggio UTFPR (pós-doc no PPG em Tecnologia e Sociedade); Centro de Pesquisas Sociossemióticas da PUC-SP (pesquisadora); UFPR (graduanda em Letras) http://orcid.org/0000-0002-5016-1289

DOI:

https://doi.org/10.5965/25944630122018093

Resumo

Este trabalho apresenta uma análise quantitativa da presença de cursos superiores em moda no Brasil segundo o nome e o grau acadêmico. Considerando que a maior parte dos cursos chamados Design de Moda é ofertada em grau tecnológico, que a maior parte dos cursos chamados Moda é oferta em grau bacharelado, e que esta divisão manifesta certas valorações sobre o ensino de moda, como se dá essa relação nas regiões brasileiras e nas instituições públicas e privadas? Secundariamente, qual a possível explicação para predominância de cursos tecnológicos na moda, o que destoa da média nacional? Estas questões são investigadas a partir da observação de dados numéricos, disponibilizados pelo Ministério da Educação em diferentes fontes, e pela consulta a edições do Catálogo Nacional de Cursos de Tecnologia. Os resultados mostram que os cursos de Design de Moda tecnológicos são maioria tanto em instituições privadas quanto públicas. Nestas últimas, porém, eles são ofertados nos Institutos Federais e nas Universidades Tecnológicas. Universidades federais e estaduais ofertam mais cursos de bacharelado em Moda. Nota-se, portanto, uma homologação de elementos valorados positivamente: Moda, bacharelado, universidade pública. Quando à predominância dos tecnológicos na moda, além das questões de regulamentação e incentivo governamental, uma outra causa possível seria um efeito de sentido de maior acessibilidade para a formação nesta área proporcionada por esse grau acadêmico, em relação ao bacharelado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adriana Tulio Baggio, UTFPR (pós-doc no PPG em Tecnologia e Sociedade); Centro de Pesquisas Sociossemióticas da PUC-SP (pesquisadora); UFPR (graduanda em Letras)

Graduada em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda (UFPR); mestre em Letras (UFPB); doutora em Comunicação e Semiótica (PUC-SP). Atualmente faz estágio pós-doutoral no PrPG em Tecnologia e Sociedade da UTFPR. Cursa também a graduação em Letras na UFPR.

Referências

AGUIAR, Grazyella Cristina Oliveira de. Cursos superiores de moda no Brasil: regulamentações, evoluções, perspectivas. In: COLÓQUIO DE MODA, 11., 2015, Curitiba. Anais... Curitiba: Abepem/Universidade Positivo, 2015. Disponível em: < http://www.coloquiomoda.com.br/anais_ant/anais/11-Coloquio-de-Moda_2015/ARTIGOS-DE-GT/GT01-EDUCACAO-TEORIA-E-PRATICA-EM-MODA/GT-1-CURSOS-SUPERIORES-DE-MODA-NO-BRASIL.pdf>. Acesso em: 27 dez. 2017.

BRASIL. Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006. Ministério da Educação, Brasília, 10 maio 2006. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf_legislacao/rede/legisla_rede_dec5773.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2017.

CIETTA, Enrico. A economia da moda: porque hoje um bom modelo de negócios vale mais do que uma boa coleção. Tradução de Adriana Tulio Baggio. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2017.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução nº 5, de 8 de março de 2004. Aprova as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Design e dá outras providências. Ministério da Educação, Brasília, 8 mar. 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces05_04.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2017.

E-MEC. Instituições de Educação Superior e Cursos Cadastrados. Brasília, 2017. Disponível em: <http://emec.mec.gov.br>. Acesso em: 10 dez. 2016.

EUROSTAT; UNESCO; OCDE. Classificação Internacional: Área de Formação e Treinamento. Manual de Classificação. Tradução e adaptação: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS. Brasília: O Instituto, 2000. (Texto original publicado em 1999).

GREIMAS, Algirdas Julien; COURTÉS, Jospeh. Dicionário de Semiótica. Tradução de Alceu Dias Lima et. al. São Paulo: Contexto, 2008.

HADDAD, Fernando. Apresentação. In: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia. 1. ed. Brasília: O Ministério, 2006.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS. Censo da Educação Superior. Brasília, 20 out. 2015a. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/guest/censo-da-educacao-superior>. Acesso em: 10 jul. 2017.

______. Sinopses Estatísticas da Educação Superior – Graduação. Brasília, 20 out. 2015b. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses-estatisticas-da-educacao-superior>. Acesso em: 10 jul. 2017.

______. Resumo técnico: Censo da educação superior 2014. Brasília: O Instituto, 2016.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia. 1. ed. Brasília: O Ministério, 2006.

______. Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia. 2. ed. Brasília: O Ministério, 2010.

______. Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia. 3. ed. Brasília: O Ministério, 2016.

QUEIROZ, Cyntia Tavares Marques de. Do estilismo ao design: Os currículos do bacharelado em moda da Universidade Federal do Ceará. 2014. 197f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza, 2014.

Downloads

Publicado

2018-02-01

Como Citar

BAGGIO, Adriana Tulio. Valoração dos Cursos de Moda segundo o nome e grau acadêmico. Revista de Ensino em Artes, Moda e Design, Florianópolis, v. 2, n. 1, p. 093–115, 2018. DOI: 10.5965/25944630122018093. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/ensinarmode/article/view/11642. Acesso em: 12 nov. 2024.