Subversões de gênero, sexualidade e etarismo: o espetáculo Oramortem, do in-Próprio Coletivo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573103522024e0113

Palavras-chave:

teatro brasileiro, teatro contemporâneo, feminismo, estarismo

Resumo

Neste artigo, analisou-se como as categorias de macho e fêmea são desnaturalizadas no espetáculo Oramortem (2015), que marca a estreia do in-Próprio Coletivo na cidade de Cuiabá (MT). Procurou-se investigar como a assunção de um discurso feminista pelo coletivo contrariou uma tendência histórica do teatro brasileiro e como esse direcionamento se relacionou com outras características marcantes daquela obra, como a abordagem da sexualidade de pessoa idosa, o hibridismo de linguagens artísticas, a ênfase na visualidade e a predominância de modos menos substanciais e afirmativos de presença.

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Biografia do Autor

Vicente Carlos Pereira Junior, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Doutorado em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Mestrado em Artes Cênicas pela UNIRIO. Especialização em Gestão e Políticas Culturais pela Universidade de Girona – Espanha. Graduação em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).

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Publicado

2024-09-22

Como Citar

PEREIRA JUNIOR, Vicente Carlos. Subversões de gênero, sexualidade e etarismo: o espetáculo Oramortem, do in-Próprio Coletivo. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 3, n. 52, p. 1–23, 2024. DOI: 10.5965/1414573103522024e0113. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/25811. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático: Ações feministas/corpas decoloniais: cenários do sul