Teatro épico-dialético: uma poética de resistência e de igualdade de gênero?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573102512024e0209

Palavras-chave:

gênero, teatro épico-dialético, feminismo

Resumo

Ainda que com uma proposta inovadora na história do teatro como forma e conteúdo, o teatro épico-dialético de Bertolt Brecht (1967; 1978) não considerou profundamente a perspectiva de gênero em sua concepção, uma vez que a luta de classes é o debate central dessa teoria. Contudo, pensadoras feministas como Elin Diamond (2011) e Della Pollock (1989) possibilitam uma compreensão mais expandida da teoria colocando o gênero como categoria aliada na busca por um teatro revolucionário. A primeira autora faz uma leitura do “método” do teatro épico-dialético e a segunda traz algumas considerações acerca das personagens femininas da dramaturgia de Brecht.

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Biografia do Autor

Vanessa Biffon, Federal Institute of São Paulo

Doutora pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho" (UNESP). Mestrado pela UNESP. Licenciatura em Artes Cênicas e Bacharelado em Interpretação Teatral pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Professora de Artes do Instituto Federal de São Paulo - campus avançado Jundiaí. Atriz do Grupo Teatral MATA!

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Publicado

2024-07-24

Como Citar

BIFFON, Vanessa. Teatro épico-dialético: uma poética de resistência e de igualdade de gênero?. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 51, p. 1–17, 2024. DOI: 10.5965/1414573102512024e0209. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/25520. Acesso em: 27 jul. 2024.