Vulgar sem ser sexy: Corpo, trabalho e cena na poesia de Mila Teixeira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573101432022e0205

Palavras-chave:

Mila Teixeira, Vulgaridade, Crueldade, Trabalho, Corpo

Resumo

O artigo tem como objeto a análise de poemas do livro A proclamação da vulgaridade ou quantos furos uma calcinha pode ter?, da poeta, roteirista e dramaturga Mila Teixeira, publicado pela editora Urutau, em 2021. A partir da noção de crueldade em Artaud, o texto busca uma aproximação com o anúncio da vulgaridade, proclamado pela escritora. Através do destaque de versos que sugerem a confluência entre vida e obra, a poesia é analisada pela perspectiva do trabalho em arte como prática de investigação do corpo e recriação das relações. Os relatos e imagens compartilhados pela autora são interpretados como situações cênicas que revelam a manifestação de um estado-poético-teatral em sua produção. Por fim, a escrita autoficcional é abordada como proposição para a expansão dos espaços de escuta e compartilhamento das experiências encarnadas.

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Biografia do Autor

Caio Riscado, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Pós-doutorado em desenvolvimento na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Doutorado em Artes Cênicas (UNIRIP). Mestre em Artes Cênicas (UNIRIO). Bacharelado em Direção Teatral pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor de teatro, diretor teatral e artístico, artista pesquisador e performer.

Referências

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TEIXEIRA, Mila. A proclamação da vulgaridade ou quantos furos uma calcinha pode ter? Bragança Paulista: Editora Urutau, 2021.

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Publicado

2022-04-06

Como Citar

RISCADO, Caio. Vulgar sem ser sexy: Corpo, trabalho e cena na poesia de Mila Teixeira. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 1, n. 43, p. 1–20, 2022. DOI: 10.5965/1414573101432022e0205. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/21108. Acesso em: 28 mar. 2024.