As bodas de vinho de uma tragédia profética: Anjo negro (1946), de Nelson Rodrigues
DOI:
https://doi.org/10.5965/1414573101342019306Abstract
A tragédia rodriguiana Anjo negro (1946) fora encenado pela primeira vez em 1948 no teatro fênix, no Rio de Janeiro. Passando pela censura e a interdição racista que não permitiu que Abdias do Nascimento (1914-2011) atuasse e em seu lugar Orlando Guy com blackface assume o papel do “Grande Negro”. Este artigo retoma a textualidade dramática da peça destacando a presença constante da morte e de “estilhaços” das tragédias áticas. A leitura dada prima pela teoria da gorgonopoética (Quadros, 2018) em que esses escritos da/para morte perpassam a monstruosidade, logo, Gorgó Medusa ao invés da morte heroica de Tânatos.
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