O Axis Mundi e o Jogo Ritual: Deslocamento da realidade imanente para se alcançar a Hierofania
DOI:
https://doi.org/10.5965/14145731023820200017Palavras-chave:
Axis Mundi, Jogo Ritual, Mito, Teatro Sagrado, ImaginárioResumo
O presente artigo se propõe a analisar as práticas de criação cênica do Grupo Arkhétypos à luz do Jogo Ritual relacionando-o com o conceito de axis mundi proposto por Mircea Eliade e as teorias do imaginário de Gilbert Durand. Trabalha-se com a hipótese de que a experiência do mito manifestada no corpo do ator reorganiza a relação espaço-temporal permitindo ao público um deslocamento da realidade imanente para que se possa alcançar a hierofania. A fim de elucidar a questão desenvolvemos uma breve reflexão a partir dos espetáculos Santa Cruz do Não Sei (2011) e Revoada (2014) e lançamos um olhar crítico frente ao processo de colonização sofrido nas Américas.
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