A última cruzada: tempo e historicidade na série da produtora Brasil Paralelo
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180315382023e0108Palavras-chave:
negacionismo, historicidade, historicismo, atualismo, história do BrasilResumo
O objetivo deste artigo é analisar as experiências do tempo e as formas de historicidade implicadas na produção da série “Brasil: A Última Cruzada”, da empresa Brasil Paralelo. Criada em 2016 com o objetivo de oferecer um discurso com pretensões intelectuais às novas direitas brasileiras, a produtora tem na elaboração de uma narrativa negacionista da História do Brasil um dos seus campos de atuação mais destacados. Trata-se aqui de investigar o modo como esse discurso audiovisual manipula as experiências temporais disponíveis na contemporaneidade, articulando um discurso marcado pelo cronotopo historicista, que aponta para uma filosofia da história de matriz cristã e eurocêntrica, e para uma conduta atualista, pautada por uma experiência temporal autocentrada e uma retórica empreendedora que reduz a multiplicidade dos tempos a uma busca pelos empreendedores do passado.
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