As “origens” dos Maracatus-Nação do Recife: uma história linear e sem transformações?

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.5965/2175180311272019255

Résumé

O presente texto objetiva discutir as perspectivas assumidas por alguns estudiosos dos maracatus-nação que estabeleceram suas origens como resultantes da coroação dos reis e rainhas do Congo. Na sequência, o artigo versa sobre a influência do conceito de tradição em trabalhos de diferentes autores dedicados ao tema e à construção da representação dos maracatus-nação baseada na ideia de estabilidade, ou seja, de ausência de mudanças na manifestação cultural. Para concluir, a análise mostra outras manifestações culturais assemelhadas e a maneira como estas sugerem outras dinâmicas no processo de constituição das práticas e costumes culturais.

Palavras-chave: Maracatu-Nação. Práticas Culturais. Cambindas. Congos. Aruendas. Pretinhas do Congo.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur

Ivaldo Marciano França Lima, Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Departamento de Educação, campus Alagoinhas.

Doutor em História pela UFF, atualmente professor adjunto pela UNEB DEDC II, coordenador do Programa de Pós Graduação em Estudos Africanos e Representações da África, e membro permanente do Programa de Pós Graduação em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras - PPGEAFIN.

Références

ALMEIDA, Renato. História da música brasileira. Rio de Janeiro: F. Briguiet $ Comp, 1942.

ALVARENGA, Oneyda. Maracatu. In: Música Popular Brasileira. Porto Alegre: Globo, 1950.

ANDRADE, Mário. A calunga dos maracatus. In: Danças dramáticas do Brasil. 2º tomo. Belo Horizonte / Brasília: Ed. Itatiaia / INL / Fundação Nacional Pró-memória, 1982.

BASTIDE, Roger. O candomblé da Bahia. São Paulo: Cia das Letras, 2001. [1958].

CHARTIER, Roger. À beira da falésia: a história entre certezas e inquietude. Porto Alegre: Ed. Universidade/ UFRGS, 2002.

CHARTIER, Roger. A História cultural entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1990.

CUNHA, Maria Clementina Pereira da. Ecos da Folia. Uma história social do carnaval carioca entre 1880 e 1920. São Paulo: Cia das Letras, 2001.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1984.

GONÇALVES, José Reginaldo Santos. A retórica da perda. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ/ IPHAN, 2002.

LIMA, Ivaldo Marciano de França. Maracatu nação e grupos percussivos: diferenças, conceitos e Histórias. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 61, p. 303-328, jul./dez. 2014.

LIMA, Ivaldo Marciano de França. Mas, o que é mesmo maracatu nação? Salvador: EDUNEB, 2013.

MOTTA, Roberto. Religiões afro-recifenses: ensaios de classificação. Revista Antropológicas, ano II, v. 2, série religiões populares, Recife: Ed. UFPE, p. 11 – 34, 1997.

PEIXE, Guerra. Maracatus do Recife. Recife: Prefeitura da Cidade do Recife/ Irmãos Vitale, 1980, 2ª edição. [1955].

SALLES, Sandro Guimarães de. À sombra da jurema: a tradição dos mestres juremeiros na umbanda de Alhandra. Anthropólogicas, ano 08, v. 15, p. 99 – 122, 2004.

SOUZA, Marina de Mello e. Reis negros no Brasil escravista – História da festa de coroação de rei de Congo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

VILHENA, Luís Rodolfo. Projeto e missão. O movimento folclórico brasileiro (1947-1964). Rio de Janeiro: Funarte/FGV, 1997.

Téléchargements

Publiée

2019-07-24

Comment citer

LIMA, Ivaldo Marciano França. As “origens” dos Maracatus-Nação do Recife: uma história linear e sem transformações?. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 11, n. 27, p. 255–282, 2019. DOI: 10.5965/2175180311272019255. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180311272019255. Acesso em: 22 nov. 2024.