A cor do abandono: as crianças em situação de rua no Recife na Ditadura Civil-Militar (1964-1985)
DOI :
https://doi.org/10.5965/2175180307142015155Résumé
A historiografia registra que o cenário urbano do Recife, durante a ditadura civil-militar (1964-1985), foi marcado por crescimento econômico e aumento das desigualdades sociais. A cidade que crescia, convivia com a presença de meninos e meninas, em situação de abandono, que ocupavam as ruas e avenidas e faziam do espaço público local de trabalho e morada. A questão do abandono passou a ser propagada na imprensa local e nacional. Para o Diário de Pernambuco, o abandono tinha uma cor: sépia, que descoloria o cenário da cidade. Neste artigo, pretendo analisar como o discurso do abandono e as políticas públicas de assistência foram construídas nesse período sócio-histórico. A partir desse objetivo, proponho construir uma conexão com a atuação da Febem em Pernambuco, instituição fundada no primeiro ano da Ditadura Civil-Militar.
Palavras-chave: Menores Ambandonados - Recife; Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (PE); Menores de Rua.
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