From orality to writing: indigenous peoples, history of the present time and challenges in the educational field

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175180315402023e0103

Keywords:

history of the present time, indigenous protagonism, writing

Abstract

The Brazilian indigenous peoples, for a long period of time, were narrated from the perspective of the other, situated in a non-place in History. In this historiographical tradition, it is possible to highlight silencing, invisibility, and refusal of a non-Western form of existence. It was only from the end of the 20th century onwards that Amerindian voices began to appear in the Brazilian political, social, educational, and literary scenario. This article discusses writing as an ethical, aesthetic, and political gesture of resistance made by Brazilian Amerindian peoples in the face of current issues and challenges in the educational field. It takes, as an empirical matter, texts by Brazilian indigenous writers. The analysis of this material takes place from the perspective of the History of the Present Time, along with Philosophy, Literature, Anthropology, and Education. It is concluded that writing constitutes a major ethical, aesthetic, and political device of struggle and resistance for these peoples, however, without denying their oral tradition.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ANGATU, Casé. Carama suí îe’emonguetás îe’engaras: Carubas Moemas îe’engas.

(Re)existências indigenamente decoloniais. In: DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (org.). Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia, ativismo. Porto Alegre: Fi, 2020. p. 61-72.

BANIWA, Gersem; HOFFMANN, Maria Barroso. Introdução. In: BANIWA, Gersem; OLIVEIRA, Jô Cardoso de; HOFFMANN, Maria Barroso (org.). Olhares indígenas contemporâneos. Brasília: Centro Indígena de Estudos e Pesquisas, 2010. p. 6-17.

BERGAMASCHI, Maria Aparecida; DOEBBER, Michele Barcelos; BRITO, Patricia Oliveira. Estudantes indígenas em universidades brasileiras: um estudo das políticas de acesso e permanência. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 99, n. 251, p. 37-53, 2018.

BERGAMASCHI, Maria Aparecida; MEDEIROS, Juliana Schneider. História, memória e tradição na educação escolar indígena: o caso de uma escola Kaingang. Revista Brasileira de História, v. 30, n. 60, p. 55-75, 2010.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Lei n. 11.645, de 10 março de 2008. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Diário Oficial da União, seção 1, Brasília, 11 mar. 2008.

BRASIL. Lei n. 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Diário Oficial da União, seção 1, Brasília, 30 ago. 2012.

CARVALHO, Eliana Márcia dos Santos; SANTOS, Renata Lourenço dos. Literatura indígena: entre memórias. Educação em Revista, v. 39, e38419, 2023.

COSTA, Alyne. Da verdade inconveniente à suficiente: cosmopolíticas do antropoceno. Cognitio-Estudos: Revista Eletrônica de Filosofia, v. 18, n. 1, p. 37-49, 2021.

COUTINHO, Eduardo de Faria. Da representação à busca de expressão: visões do indígena na produção literária brasileira. Revista Brasileira de Literatura Comparada, v. 25, n. 48, p. 81-93, 2023.

DELGADO, Lucilia de Almeida Neves; FERREIRA, Marieta de Moraes Ferreira. História do tempo presente e ensino de história. Revista História Hoje, v. 2, n. 4, p. 19-34, 2013.

DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (org.). Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia, ativismo. Porto Alegre: Fi, 2020.

ESBELL, Jaider. Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia e ativismo – o que dizer e para quem? In: DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (org.). Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia, ativismo. Porto Alegre: Fi, 2020. p. 20-25.

FERNANDES, Antonia Terra de Calazans. Ensino de História e seus conteúdos. Estudos Avançados, v. 32, n. 93, p. 151-173, 2018.

FERREIRA, Marieta de Moraes. Notas iniciais sobre a história do tempo presente e a historiografia no Brasil. Tempo e Argumento, v. 10, n. 23, p. 80-108, 2018.

FOUCAULT, Michel. Política e etica: uma entrevista. In: FOUCAULT, Michel. Ditos e escritos V: ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006. p. 218-224.

GAYO, Clarice Ehmke; WITTMANN, Luisa Tombini. “Quero e vou continuar sendo índia aqui, lá ou acolá”: ensino de história indígena através de narrativas de mulheres Laklãnõ-Xokleng que vivem em cidades. Revista Eletrônica História em Reflexão, v. 16, n. 31, p. 189-213, 2022.

GOMES, Raio. Garimpo ilegal, destruição da natureza e violência: o inferno novamente infligido ao povo yanomami. 7 fev. 2023. Disponível em: https://noticias.unb.br/112-extensao-e-comunidade/6305-garimpo-ilegal-destruicao-da-natureza-e-violencia-o-inferno-novamente-infligido-ao-povo-yanomami. Acesso em: 17 dez. 2023.

GRAÚNA, Graça. Escrevivência. In: DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (org.). Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia, ativismo. Porto Alegre: Fi, 2020. p. 19.

HUTUKARA ASSOCIAÇÃO YANOMAMI; ASSOCIAÇÃO WANASSEDUUME YE’KWANA. Yanomami sob ataque: garimpo ilegal na terra indígena Yanomami e propostas para combatê-lo. 2022. Disponível em: file:///D:/yal00067.pdf. Acesso em: 17 dez. 2023.

JEKUPÉ, Olívio. A literatura nativa, seu valor, sua cultura. In: DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (org.). Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia, ativismo. Porto Alegre: Fi, 2020. p. 112-118.

KAMBEBA, Márcia Wayna. O olhar da palavra Escrita de resistência. In: DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (org.). Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia, ativismo. Porto Alegre: Fi, 2020. p. x-y.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã Yanomami.

São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

LARROSA, Jorge. Pedagogia profana: danças, piruetas e mascaradas. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

MUNDURUKU, Daniel. Escrita indígena: registro, oralidade e literatura; o reencontro da memória. In: DORRICO, Julie et al. (org.). Literatura indígena brasileira contemporânea: criação, crítica e recepção. Porto Alegre: Fi, 2018. p. 81-84.

Ó, Jorge Ramos do. Fazer a mão: por uma escrita inventiva na universidade. Lisboa: Saguão, 2019.

OLIVEIRA, João Pacheco de. O nascimento do Brasil e outros ensaios: “pacificação”, regime tutelar e formação de alteridades. Rio de Janeiro: Contracapa, 2016.

OLIVEIRA, João Pacheco de; ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Prefácio. In: SOUZA, Fábio Feltrin de; WITTMANN, Luisa Tombini (org.). Protagonismo indígena na história. Tubarão: Copiart, 2016. v. 4, p. 7-14.

PACHAMAMA, Aline Rochedo. Boacé Metlon ‒ palavra é coragem: autoria e ativismo de originários na escrita da História. In: DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (org.). Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia, ativismo. Porto Alegre: Fi, 2020. p. 26-40.

PINHA, Daniel. O tempo presente como desafio à historiografia e ao ensino de história em contexto de crise democrática. Tempo e Argumento, v. 15, n. 38, e0104, 2023.

RIBEIRO, Ademario. Literatura indígena, ancestralidade e contemporaneidade: vozes empoderadas. In: DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (org.). Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia, ativismo. Porto Alegre: Fi, 2020. p. 77-88.

SCHULER, Betina. Escrita escolar, ficção e modos de subjetivação. Educação Unisinos, v. 21, n. 2, p. 233-242, 2017.

SCHULER, Betina. O cuidado com a escrita e a leitura para uma educação filosófica na escola. Espaço Pedagógico, v. 29, n. 3, p. 901-920, 2022.

SILVA FILHO, Joel Vieira da. Narrativas ancestrais de Auritha Tabajara e Eliane Potiguara: memória, cosmovisão e polifonia nas literaturas indígenas. Orientadora: Ana Clara Magalhães de Medeiros. 2022. 163 f. Dissertação (Mestrado em Linguística e Literatura: Estudos Literários) – Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2022.

SIQUEIRA-CORREIA, Heloisa Helena; ROCHA, Hélio Rodrigues da. Práticas tradutórias nos planos histórico, textual e estético: implicações políticas e éticas. In: SIQUEIRA-CORREIA, Heloisa Helena; VELDEN, Felipe Ferreira Vander; ROCHA, Hélio Rodrigues da (org.). Humanos e outros-que-humanos nas narrativas amazônicas: perspectivas literárias e antropológicas sobre saberes ecológicos, tradicionais, estéticos e críticos. São Carlos: De Castro, 2023. p. 427-444.

STENGERS, Isabelle. A proposição cosmopolítica. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 69, p. 442-464, 2018.

SZTUTMAN, Renato. Um acontecimento cosmopolítico: o manifesto de Kopenawa e a proposta de Stengers. Mundo Amazónico, v. 10, p. 1-26, 2019.

TETTAMANZY, Ana Liberato. Sobre não deixar rastros em meio a bordoadas. In: DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (org.). Literatura indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia, ativismo. Porto Alegre: Fi, 2020. p. 11-18.

VANSINA. Jan. A tradição oral e sua metodologia. In: KI-ZERBO, J. História geral da África I: metodologia e pré-história da África. Brasília: UNESCO, 2010. p. 139-166.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Se tudo é humano, então tudo é perigoso. In: SZTUTMAN, Renato (org.). Eduardo Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2008. p. 86-113. (Série Encontros).

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Prefácio: o recado da mata. In: KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã Yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 11-42.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Imagens da natureza e da sociedade. In: VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Ubu, 2020. p. 275-298.

WITTMAN, Luisa Tombini. Formação de professores na temática indígena. In: SOUZA, Fábio Feltrin de; WITTMANN, Luisa Tombini (org.). Protagonismo indígena na história. Tubarão: Copiart, 2016. v. 4, p. 287-312.

WUNDER, Alik. Cotas indígenas na Unicamp: sonhos de um outro roteiro de encontro. In: OLIVEIRA JÚNIIOR, Wenceslao Machado de; WUNDER, Alik (org.). Casa dos saberes ancestrais: diálogos com sabedorias indígenas. Campinas: UNICAMP, 2020. p. 86-97.

Published

2023-12-29

How to Cite

CAMPESATO, Maria Alice Gouvêa. From orality to writing: indigenous peoples, history of the present time and challenges in the educational field. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 15, n. 40, p. e0103, 2023. DOI: 10.5965/2175180315402023e0103. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180315402023e0103. Acesso em: 10 may. 2024.