“As empregadas domésticas envelhecem?”: envelhecimento populacional e o lugar social da categoria “doméstica” na força de trabalho
DOI :
https://doi.org/10.5965/1984724618372017229Résumé
Este artigo se volta a refletir sobre o envelhecimento em interfaces com as relações de gênero e trabalho, mostrando o envelhecimento da categoria das empregadas domésticas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua de 2013. Em termos dos processos metodológicos, este estudo é de natureza exploratório-descritiva, pautando-se na busca por explorar o tema (envelhecimento da força de trabalho) em interface com o problema da pesquisa (“As empregadas domésticas envelhecem?”). Portanto, a velhice das empregadas domésticas pelas estatísticas sugere a escassez dessa mão de obra. Dentre os fatores apontados para este envelhecimento, encontram-se: a falta de reposição geracional dessa componente força de trabalho, o aumento da expectativa de vida das mulheres, diminuição do trabalho doméstico infantil e aumento da escolarização das mais jovens que acabam tendo maiores possibilidades de inserção em outras ocupações. É nesse momento que o significado da velhice para a empregada doméstica, idosa, mulher tomam corpo, um tempo de consolidação das experiências, da libertação das obrigações e controles reprodutivos, mas, também do corpo manifestar toda uma vida de servidão.
Palavras-chave: Empregados Domésticos. Gênero. Geração. Velhice.
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