De(s)colonial artístico como potencialidade de recriação de mundos: lugares de re-existir e re-pensar a si

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.5965/1984724622502021043

Mots-clés :

artistas, arte, decolonialidade, práxis de re-existência, criatividade

Résumé

Este ensaio teórico tem como objetivo versar sobre a arte e o/a artista com base nas contribuições de intelectuais latino-americanos e promover uma análise dessas contribuições junto a categoria da práxis de re-existência. Ao tecer reflexões de(s)coloniais dentro deste assunto, estes autores ampliam as possibilidades de compreensão sobre o sujeito artista e a arte a partir da América Latina. São eles: o antropólogo, pintor e investigador afro-colombiano Adolfo Albán Achinte; o historiador literário brasileiro Alfredo Bosi; e o filósofo argentino Enrique Dussel. Nas reflexões apresentadas sobre o fazer artístico reconhecemos suas possibilidades de resistência aos domínios do padrão de poder moderno-colonial, e os/as artistas como sujeitos que têm condições de contribuir nas transformações buscadas na de(s)colonialidade. Destacamos características como a inteligência criativa, a reflexão crítica, a relação com o tempo e a capacidade de expressão de si e de seu entorno, que se apresentam como ferramentas para a re-criação de lógicas outras de ser e estar no mundo.

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Gisele Cristina Voss, Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR

Mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná -UTFPR. Psicóloga do trabalho na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR.

Franciele Clara Peloso, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. Professora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR.

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Publiée

2021-12-22

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VOSS, Gisele Cristina; PELOSO, Franciele Clara. De(s)colonial artístico como potencialidade de recriação de mundos: lugares de re-existir e re-pensar a si. PerCursos, Florianópolis, v. 22, n. 50, p. 043–064, 2021. DOI: 10.5965/1984724622502021043. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/percursos/article/view/19702. Acesso em: 16 déc. 2024.