As relações raciais no Ceará e o raid dos jangadeiros negros em época de Lei Afonso Arinos (1951-1958)

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5965/19847246252024e0115

Palabras clave:

jangadeiros, identidade negra, caboclos, racismo à cearense, impressos

Resumen

O foco deste artigo são as relações raciais no estado do Ceará na década de 1950. Seu objetivo é compreender como os impressos, na década de 1950, tratavam a identidade racial dos jangadeiros cearenses que realizaram o raid, uma incursão ao mar, em sua luta por direitos trabalhistas na época de criação da Lei Afonso Arinos (1951). Os exames dos impressos terão como período limite o ano de 1958, ano do artigo publicado pela colunista cearense Adísia Sá no contexto de realização do Primeiro Congresso Nacional do Negro de Porto Alegre. Por meio do método de análise de conteúdo proposto por Bardin (2009), as matérias jornalísticas são investigadas. As fotografias dos impressos igualmente estão sendo analisadas à luz de Miriam Moreira Leite (1993). O estudo, embasado em Gilberto Freyre (1967), Parsifal Barroso (1969), Lélia Gonzalez (1984) e Roberto Damatta (2000) aponta a conclusão de que, ao negar o racismo e a contribuição de pretos e negros à identidade regional, pela identificação racial dos jangadeiros como caboclos, reproduziu-se no Ceará um “racismo à cearense”.

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Biografía del autor/a

Arilson dos Santos Gomes, University for International Integration of the Afro-Brazilian Lusophony

Doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Professor do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Humanidades da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.

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Publicado

2024-12-10

Cómo citar

GOMES, Arilson dos Santos. As relações raciais no Ceará e o raid dos jangadeiros negros em época de Lei Afonso Arinos (1951-1958). PerCursos, Florianópolis, v. 25, p. e0115, 2024. DOI: 10.5965/19847246252024e0115. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/percursos/article/view/24227. Acesso em: 19 dic. 2024.

Número

Sección

Dossiê 2024/1 "As intelectualidades negras na compreensão do Brasil"