Velhice e modos de existências dissidentes

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5965/19847246242023e0109

Palabras clave:

velhice, morte, existências singulares

Resumen

Propõe-se, neste artigo, problematizar uma associação linear entre morte e velhice. Situamos a velhice como  possiblilidade da vida. E a vida não seria a negação da morte. No jogo da vida, vida e morte combinam-se para impulsionar as existências que se abrem à criação de novos valores que são os da própria vida. Mas estamos realmente na posse do direito de existir em nossa velhice? Este seria o problema que incita este artigo. Trata-se aqui de modos singulares de existências que reclamam seu direito de realidade. Dar visibilidade a essas existências constitui um modo de construir alianças que afirmem nosso próprio direito indissociável das potências da vida. Propomos, perseguindo a questão da velhice como potência de vida que não nega a morte, buscar, em alguns fragmentos da obra dos filósofos Sêneca, Nietzsche e Foucault, a companhia para dar consistência à nossa pretensão. Adotamos o estilo de um ensaio filosófico, que entendemos ser um percurso experimental e, esperamos, possa provocar, na atualidade, a potência de pensar diferente do já pensado.

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Biografía del autor/a

Silvana Maria Corrêa Tótora, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP. Pós-doutorado Université Paris 8, França. Professora do Programa de Pós-Graduação e do Departamento de Ciências Sociais da PUCSP e Pesquisadora do Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Política da PUC-SP.

Citas

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Publicado

2023-05-23

Cómo citar

TÓTORA, Silvana Maria Corrêa. Velhice e modos de existências dissidentes. PerCursos, Florianópolis, v. 24, p. e0109, 2023. DOI: 10.5965/19847246242023e0109. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/percursos/article/view/22633. Acesso em: 17 ago. 2024.

Número

Sección

Dossiê “A multidimensionalidade das velhices: perspectivas do envelhecimento nas agendas do século XXI”