Análise do inventário e quantificação de geomorfossítios da Capadócia Piauiense

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984724623522022183

Palabras clave:

inventariação, estudo quantitativo, geopatrimônio, Cidades de Pedras, Piauí

Resumen

O inventário e a quantificação de uma área permitem identificar locais com elementos dotados de valores (científico, turístico, estético, cultural, econômico e outros) superlativos, o que os diferenciam das demais partes que constituem a geodiversidade, e permitem, ainda, determinar a relevância desses locais e a necessidade de conservação dos mesmos. O presente artigo tem por objetivo analisar os resultados obtidos a partir do inventário e da quantificação de geomorfossítios da Capadócia Piauiense, localizada na Região Geográfica Imediata de Picos, estado do Piauí. A metodologia compreendeu a pesquisa bibliográfica e análise teórica, pesquisa de campo, confecção de material cartográfico e avaliação qualitativa e numérica dos geomorfossítios da área. Os resultados evidenciam que a Capadócia Piauiense é possuidora de destacada geodiversidade e geomorfossítios dotados de valores científicos, estéticos, ecológicos, culturais, econômicos, turísticos e didáticos/educativos; no entanto, tais locais carecem de maior valorização, divulgação, e, especialmente, de estratégias de geoconservação que possam vir a minimizar os riscos de sua deterioração.

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Biografía del autor/a

José Francisco de Araújo Silva, Federal University of Piauí

Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Piauí – UFPI. Professor Tutor do Centro de Educação Aberta e a Distância da Universidade Federal do Piauí - UFPI.

Cláudia Maria Sabóia de Aquino, Federal University of Piauí

Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe – UFS.  Professora da Universidade Federal do Piauí - UFPI.

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Publicado

2022-08-31

Cómo citar

SILVA, José Francisco de Araújo; AQUINO, Cláudia Maria Sabóia de. Análise do inventário e quantificação de geomorfossítios da Capadócia Piauiense. PerCursos, Florianópolis, v. 23, n. 52, p. 183–218, 2022. DOI: 10.5965/1984724623522022183. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/percursos/article/view/21322. Acesso em: 17 jul. 2024.