Action research and possibilities of critical interculturality and decolonization of academic practice: Kanhgág (Kaingang) community Por Fi Ga /RS/ Brasil

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984724622482021284

Keywords:

Action research, Interculturalities, Decoloniality, Kanhgág, Kaingang

Abstract

This paper brings experience reports on the possibilities of academic decoloniality arising from university research, if, under critical intercultural perspectives, they question current structures. Academic decoloniality is understood as processes in which the University and its instances can assist and legitimize autonomous community actions and formations, diverging from the usual way in which indigenous issues are established within Universities, generally without the participation of communities, as objects of study or sporadic participants in unpaid events. Based on the Action Research method, we selected a community demand for resolution through the research that resulted in a Social Sciences Dissertation. As a result of this study, it is stated that, since the enactment of laws that compel institutions to teach in their academic programs content that reflect indigenous versions of the country's history (Law 11.645 / 08), there has been a growth in visibility of these agents and their contents. However, these are still theoretical actions or isolated practices, of teachers and students, without the broad participation of the local community, thus configuring a functional interculturality, convenient to the State, which only “fits” the agents and themes in an uneven structure already in place. It is believed that the academy's decolonial potentials reside in the relationship of respect and reciprocity between its employees, research and the location, in this case, the Kanhgág Por Fi Ga community itself. It is necessary for the academy to be open to learning other epistemologies, building spaces that really work from the community, valuing knowledge from the residents.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Maira Damasceno, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Doutoranda em Estudos Históricos Latino-Americanos pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos.

References

BRASIL. Lei Federal nº 12.394, de 4 de março de 2011. Confere ao Município de São Leopoldo, no Estado do Rio Grande do Sul, o título de Berço da Colonização Alemã no Brasil. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2011/lei-12394-4-marco-2011-610278-publicacaooriginal-131981-pl.html Acesso em: 01 mar. 2021.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm acesso em: 01 mar. De 2021

BALDISSERA, Adelina. Pesquisa-ação: uma metodologia do "conhecer" e do "agir". Sociedade em Debate, Pelotas, p.05-26, ago. 2001.

BERNSTEIN, Basil. A estruturação do discurso pedagógico: classe, códigos e controle. Petrópolis: Ed. Vozes, 1996.

BONFIL-BATALLA, Guillermo. El concepto de indio en América: una categoría colonial. Anales de antropologia, Ciudad de Mexico: Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) v. 9, p.105-124, 1972.

CARDOSO. Dorvalino Refef. Aprendendo com todas as formas de vida do Planeta educação oral e educação escolar Kanhgág. Trabalho de Conclusão do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2014.

DALL’OLMO, Alecs. Museu Histórico de São Leopoldo na estrada e rumo às escolas. Projeto piloto entrou em prática em instituição no bairro Feitoria. Jornal Vale dos Sinos, São Leopoldo, p. 6, 18 out. 2016. Disponível em: https://www.jornalvs.com.br/_conteudo/2016/10/noticias/regiao/2013229-museu-historico-de-sao-leopoldo-na-estrada-e-rumo-as-escolas.html. Acesso em: 01 mar. 2021.

DAMASCENO, Maira. Pesquisa ação e possibilidades de interculturalidade crítica e descolonialidade acadêmica junto à comunidade Kanhgág Por Fi Ga em São Leopoldo/RS. 2018. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2018.

DUSSEL, Enrique. Europa, Modernidade e Eurocentrismo. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p.55-77. Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/ar/libros/lander/pt/lander.html. Acesso em: 01 mar. 2021

ENGEL, Guido Irineu. Pesquisa-ação. Educar, Curitiba: Editora da UFPR, n. 16, p. 181-191, 2000. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.214

ENTREVISTADO 4. Experiências escolares fora da comunidade Kanhgág Por Fi Ga, São Leopoldo/RS. [Entrevista cedida a]: Maira Damasceno. Entrevistas semi estruturadas, anônimas, cedidas à esse trabalho. São Leopoldo: Unisinos, 30 ago. 2017.

ENTREVISTADO 9. Experiências escolares fora da comunidade Kanhgág Por Fi Ga, São Leopoldo/RS. [Entrevista cedida a]: Maira Damasceno. Entrevistas semi estruturadas, anônimas, cedidas à esse trabalho. São Leopoldo: Unisinos, 30 ago. 2017.

FALS-BORDA, Orlando. Cómo investigar la realidad para transformarla. In: FALS-BORDA, Orlando. Una sociología sentipensante para América Latina: antología. Bogotá: Siglo del Hombre: CLACSO, 2009. p.220/253.

FERNANDES, Rosani de Fátima. Povos indígenas e antropologia: novos paradigmas e demandas políticas. Espaço Ameríndio, Porto Alegre, v. 9, n. 1, p. 322-354, jan./jun. 2015. DOI: https://doi.org/10.22456/1982-6524.53317

FOLLMANN, José Ivo et al. Processos de identidade, relações étnico raciais e relações religiosas. São Leopoldo: Casa Leiria, 2017 (Coleção NEABI; v.4. Refazendo laços e desatando nós). Disponível em: http://repositorio.unisinos.br/neabi/processo-identidade/processos_de_identidade/assets/basic-html/page-1.html# Acesso em: 01 mar. 2021.

FORTES KONHKO, Josme. A força política da indigineidade. [Entrevista cedida a] Ricardo Machado. IHU (online) - Revista do Instituto Humanitas Unisinos, São Leopoldo, Ano 17, n. 507, p. 6-8, 19 jun. 2017. Disponível em: http://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/6912-a-forca-politica-da-indigineidade. Acesso em: 01 mar. 2021.

FORTES KONHO, Josme. Relatos de experiências e vivências: realidades da educação indígena diferenciada na comunidade kanhgág Por Fi Ga em são Leopoldo/RS. In: COLÓQUIO DISCENTE DE ESTUDOS HISTÓRICOS LATINO AMERICANOS, 3., 2018, São Leopoldo. Resumos [...]. São Leopoldo: Unisinos, 2018.

FRANCISCO, Aline Ramos. Selvagens e intrusos em seu próprio território: a expropriação do território Jê no sul do Brasil (1808-1875). Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-graduação em História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2006.

FREITAS, Ana Elisa de Castro. MrurJykre: a cultura do cipó: territorialidades Kaingang na bacia do Guaíba. 2005. Tese (Doutorado em Antropologia Social) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.

GROSFOGUEL. Ramón. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado, Brasília, v. 3, n. 1, jan./abr. 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100003

IBGE. Municípios com as maiores populações indígenas do País, por situação do domicílio: população absoluta (Rio Grande do Sul). [Rio de Janeiro]: IBGE, 2010. Disponível em: https://indigenas.ibge.gov.br/graficos-e-tabelas-2.html. Acesso em: 01 mar. 2021.

JIMENO, Myriam. La vocación crítica latinoamericana de la antropología. Maguaré 18, Bogotá, p. 33-58, 2004.

KROTZ, ESTEBAN. La producción de la antropología en el Sur: características, perspectivas, interrogantes. Alteridades, Iztapalapa: Universidad Autônoma Metropolitana, v. 3, p. 05-11, 1993.

KROTZ, Esteban. La diversificación de la antropología universal a partir de las antropologías del sur. Boletín Antropológico, Mérida: Universidad de los Andes, v. 24, n. 66, p. 7-20, 2006. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=74711380002. Acesso em: 01 mar. 2021.

LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. (Colección Sur Sur).

MONEBHURRUN, Nitish; BALBINO, Michelle Lucas Cardoso; ARAUJO, Fernanda Castelo Branco; PANTOJA, Othon ; BRUNO, Míara Bogo; NÓBREGA, Cândida Dettenborn. A definição jurídica da “comunidade”. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 13, n. 3, p. 443-471, 2016. DOI: https://doi.org/10.5102/rdi/bjil.v13i3.4472

NŸGRE, Antônio dos Santos. O que está achando do nosso trabalho na educação popular? In: DAMASCENO, Maira. Pesquisa ação e possibilidades de interculturalidade crítica e descolonialidade acadêmica junto à comunidade Kanhgág (Kaingang) Por Fi Ga em São Leopoldo/RS. 2018. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2018.

NŸGRE, Antônio dos Santos. Como o senhor analisa a postura dos pesquisadores que já teve contato? In: DAMASCENO, Maira. Pesquisa ação e possibilidades de interculturalidade crítica e descolonialidade acadêmica junto à comunidade Kanhgág (Kaingang) Por Fi Ga em São Leopoldo/RS. 2018. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2018. p. 20.

POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, p. 200-212, 1992. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1941 Acesso em: 01 mar. 2021.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad del poder, cultura y conocimiento en América Latina. Anuario Mariateguiano, Lima: Amauta, v. 9, n. 9, p. 116-142, 1997.

QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Ciudad Autônoma de Buenos Aires: CLACSO, 2005. P.107-130. (Colección Sur Sur)

RAMOS, Alcida Rita. Mundurucu: mudança social ou falso problema? Brasília: Fundação Universidade de Brasília, 1974.

ROSA, Lilian da. O cultivo do cânhamo no Brasil. In: CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE HISTÓRIA ECONÔMICA, 7.; ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA ECONÔMICA, 9., 2019, Ribeirão Preto. Anais [...]. Ribeirão Preto: USP: ABPHE, 2019.

SÃO LEOPOLDO. Prefeitura Municipal de São Leopoldo. São Leopoldo hoje, [São Leopoldo], 2021. Disponível em: http://www.saoleopoldo.rs.gov.br/?titulo=Turismo&template=conteudo&categoria=464&codigoCategoria=464&idConteudo=2989&tipoConteudo=INCLUDE_MOSTRA_CONTEUDO . Acesso em: 01 mar. 2021.

SILVA, Tadeu Tomáz da. Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

SOUZA, Jessé. Tolice da inteligência brasileira: ou como o país se deixa manipular pela elite. São Paulo: LeYa, 2015.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005. 132 p.

TRIPP, David. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 443-466, set./dez. 2005. http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a09v31n3.pdf. Acesso em: 01 nov. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000300009

WALSH, Catherine. Interculturalidad y (de)colonialidad. Perspectivas críticas y políticas: Visão Global, Joaçaba, v. 15, n. 1-2, p. 61-74, jan./dez. 2012. Disponível em: http://editora.unoesc.edu.br/index.php/visaoglobal/article/viewFile/3412/1511. Acesso em: 01 nov. 2020.

Published

2021-05-21

How to Cite

DAMASCENO, Maira. Action research and possibilities of critical interculturality and decolonization of academic practice: Kanhgág (Kaingang) community Por Fi Ga /RS/ Brasil. PerCursos, Florianópolis, v. 22, n. 48, p. 284–318, 2021. DOI: 10.5965/1984724622482021284. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/percursos/article/view/19178. Acesso em: 17 jul. 2024.