ENTRE-VISTA(S):INTERAÇÕES SEMIÓTICAS COM ANALICE DUTRA PILLAR, MOEMA MARTINS REBOUÇAS E MURILO SCÓZ
DOI:
https://doi.org/10.5965/21752346102202018190Abstract
Na condição de editora do número 22 da Revista Palíndromo, decidi apresentar uma entrevista múltipla, uma entre-vista(s). Primeiro, porque gostaria de dialogar com essas várias pessoas mesmo, mas a chance de se fazer uma entrevista para uma revista científica é rara. Não conseguiria, uma por ano, dar conta de todos. No número 10, entrevistei Ana Claudia de Oliveira (PUC/SP), minha orientadora de doutorado, mas agora gostaria de trazer pessoas ligadas à semiótica, sim, mas mais próximas do ensino e do ensino de arte ou da semiótica do cotidiano. Queria ouvir Analice Dutra Pillar, Professora Titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS, atuando na graduação e na pós-graduação, com vários livros publicados e editora da Revista GEARTE; Moema Lúcia Martins Rebouças, Professora Titular da Universidade Federal do Espírito Santo/UFES, igualmente com atuação na graduação e pós-graduação e com várias publicações, além de membro de sociedades de ensino e pesquisa no país e no exterior; e Murilo Scóz, Professor Efetivo da UDESC, atuando na graduação em Design e na pós-graduação em Design e em Moda, líder do Grupo de Pesquisa UDESC/CNPq NEST, Núcleo de Estudos Semióticos Transdisciplinares. Como explicar, explicitar ou mesmo, como denominar essa ideia de entrevista múltipla? Semioticamente, poderia dizer que se trata de um quadrado, o quadrado semiótico, quatro pontos, os três colegas e eu; mas aqui ninguém seria oposição semântica, no máximo estaríamos gravitando na elipse semiótica, em torno dos sentidos. Pensei em justificar com as interações arriscadas, onde os acidentes dar-se-iam em virtude de ser uma entrevista tríplice, inesperada. Mas resolvi justificar mesmo pela arte e sua ânsia do inusitado, do creare, do produzir o que não existe. E do ensino de arte mesmo, que visto ainda pelos preconceituosos como convencional e padronizado, igualmente tem ânsias de infinito, de sonhar o impossível e de, ao menos, humildemente acompanhar e dialogar com os sentidos do cotidiano de hoje em dia, com suas tecnologias, angústias, crises de identidade e incertezas quanto ao futuro. E vamos ouvir, então, nossos colegas semioticistas, com quem partilho o espaço de intersecção onde se encontram arte, semiótica e educação?
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