Tradiciones musicales e identidades culturales en disputa

repensando el discurso identitario azoriano en Santa Catarina a través de la musicalidad del Boi de Mamão

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5965/2525530410012025e0209

Palabras clave:

música tradicional, identidade cultural, Boi de Mamão, Santa Catarina

Resumen

Este artículo tiene como objetivo reflexionar sobre el discurso de la identidad azoriana, que se inició en Santa Catarina, Brasil, en la década de 1950. Pretendemos construir esta investigación con base en la musicalidad del Boi de Mamão, una tradición cultural originaria de la región y uno de los símbolos contemporáneos de su identidad. Esto se hará a través del análisis de registros históricos, elementos rítmicos y comparaciones con manifestaciones musicales de otras regiones brasileñas, así como de las Islas Azores, Portugal. Con base en la etnomusicología, el artículo se divide en tres partes: la primera parte discute las narrativas de origen y musicalidad del Boi de Mamão, comparándolo con otras tradiciones similares en Brasil y en el exterior; la segunda parte trae discusiones sobre el discurso de la identidad azoriana en la costa de Santa Catarina, problematizando la narrativa unilateral y oculta de construcción de identidad que a menudo sustenta este discurso; y, finalmente, la tercera parte aborda aproximaciones entre la identidad cultural del litoral catarinense con los universos culturales del pueblo Caiçara, en los Estados de Paraná, São Paulo y Rio de Janeiro. Por tanto, el presente trabajo se propone señalar estos posibles rastros históricos de las tradiciones indígenas y afrobrasileñas que marcaron la musicalidad de Boi de Mamão y la identidad cultural de Santa Catarina.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Vítor Vieira Machado, Universidad de São Paulo (USP)

Estudiante de Maestría en Música (Procesos Creativos) en la Universidad de São Paulo. Licenciado en Antropología Social por la Universidad Federal de Santa Catarina (2020) y estudiante de grado en Composición por la Universidad de São Paulo. Desarrolló investigación de Iniciación Científica (PIBIC/CNPq) con el Centro de Estudios en Arte, Cultura y Sociedad en América Latina y el Caribe (MUSA/UFSC) en el proyecto “Artes y Sociabilidades Indígenas en el Chaco Occidental Paraguayo”. En 2019 realizó una investigación etnográfica sobre el circuito de música independiente en la isla de Santa Catarina, que resultó en la monografía "Correndo por Fora do Eixo". De esta investigación surgió el proyecto “Argonautas de Lá”, con canciones originales, en el que actuó como productor, compositor, arreglista, intérprete, y fue premiado con el primer lugar en el Festival de la Canción de Protesta 2020 de la Productora Opinião de Porto Alegre, Brasil. Cantautor, compositor y multiinstrumentista, se interesa por las áreas de creación y expresión musical, canción popular, música de tradición oral, identidad cultural. Actualmente trabaja como asistente de colección en el Acervo Maracá Cultura Brasileira.

Ana Luisa Fridman, Universidade de São Paulo (USP)

Compositora, pianista e investigadora, licenciada en Música y licenciada en Danza por la Universidad Estatal de Campinas, máster en Composición e Interpretación por el California Institute of The Arts (CalArts), cursos de extensión y pasantía en la Guildhall School of Music and Drama, doctorado en el Departamento de Música de la ECA/USP y postdoctorado en el Centro Interdisciplinario de Comunicación Sonora NICS/UNICAMP. Trabaja en las áreas de Composición, Performance, Educación e Improvisación de forma integrada, con transversalidades en otras artes como la Danza, el Teatro y las Artes Visuales. Ha ganado premios en el área de Composición, como la Beca Virtuose y Rumos/Itaú Cultural, y tiene discos autorales disponibles en todas las plataformas virtuales, además de participar como pianista y arreglista en discos lanzados por el sello SESC. Actualmente es docente del Departamento de Música de la Escuela de Comunicación y Artes de la Universidad de São Paulo, coordinadora del curso de Licenciatura en Música y coordinadora del Curso de Especialización Arte en la Educación: Teoría y Práctica.

Citas

CABRAL, Oswaldo R. Nossa Senhora do Desterro I e II. Florianópolis: Lunardelli, 1979.

CANCLINI, Néstor García. Culturas Híbridas: Estratégias para Entrar e Sair da Modernidade. Tradução: Heloísa Pezza Cintrão e Ana Regina Lessa. 4ª. ed. São Paulo: Edusp, 2008.

CARVALHO, J. Jorge de. ‘Espetacularização’ e ‘canabalização’ das culturas populares na América Latina. Revista Anthropológicas, ano 14, vol.21 (1): 39-76, 2010.

FARIAS, Vilson Francisco de. Dos Açores aos Brasil meridional: uma viagem no tempo: 500 anos, litoral catarinense: um livro para o ensino fundamental. 2ª ed. Florianópolis: Ed. do autor, 2000.

GONÇALVES, Reonaldo Manoel. Cantadores de Boi de Mamão: velhos cantadores e educação popular na Ilha de Santa Catarina. Dissertação Mestrado em Pedagogia defendida no Centro de Educação (CED), da UFSC. Florianópolis, 2000.

GONZALEZ, Lélia. “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. Ciências Sociais Hoje, Brasília, ANPOCS, nº 2, 1983. pp.223-244.

GONZALEZ, Lélia. Festas Populares no Brasil. 1ª ed. São Paulo: Boitempo, 2024.

HERNÁNDEZ, Jo Farb. Forms of Tradition in Contemporary Spain. University Press of Mississippi and San Jose State University, 2005.

LEITE, Lenice de Sousa. As Bandas das bandas de cá: Bandas Cabaçais da Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio de Barbalha – CE (produção, reprodução e transmissão de valores). Dissertação, Programa de Especialização do Patrimônio, IPHAN. Rio de Janeiro, 2019. 176 p. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/LEITE_Lenice-Dissertacao_Mestrado.pdf>, Acesso em 14 fev. 2025.

LIMA, Rossini Tavares de. Abecê do Folclore. 5ª ed. São Paulo: Ricordi, 1972.

LINEMBURG, Jorge; FIAMINGHI, Luiz. Registros de rabeca nas manifestações folclóricas da cultura de base açoriana em Santa Catarina. Anais do XXIII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música – ANPPOM, Natal/RN, 2013.

LINS, José Augusto P. Navarro; PEDROSA, Frederico Gonçalves. Uma investigação acerca da viola caiçara em Itapoá, Santa Catarina. Revista Orfeu, Florianópolis, v.9, n. 2, ago. 2024, pp.21-22. Disponível em: <https://periodicos.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/25169/17703>, acesso em 15 fev. 2025.

MACHADO, Vítor Vieira; FRIDMAN, Ana Luisa. Que “açoriano” é esse de Santa Catarina?: repensando a identidade do litoral catarinense a partir da musicalidade do Boi de Mamão. Anais do IV Ciclo Música em Movimento: Projeções Sonoras, UDESC, Florianópolis, jun. 2024. Disponível em: <https://www.academia.edu/126105428/Que_a%C3%A7oriano_%C3%A9_esse_de_Santa_Catarina_repensando_concep%C3%A7%C3%B5es_sobre_a_identidade_do_litoral_catarinense_a_partir_da_musicalidade_do_Boi_de_Mam%C3%A3o>, acesso em 14 fev. 2025.

MALAVOTA, Claudia Mortari. Os africanos de uma vila portuária do Sul do Brasil: criando vínculos parentais e reinventando identidades. Desterro, 1788/1850. Tese de Doutorado (História), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, PUC-RS, Porto Alegre, 2007. 218 p. Disponível em: <https://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/2527/1/390044.pdf>, Acesso em 14 fev. 2025.

MELLO, Simão Luiz Pereira de Abreu e. A procissão de Corpus Christi em Monção, do Minho. In.: CASTILHO, Alexandre Magno de; CORDEIRO, Antonio Xavier Rodrigues. Almanach de lembranças Luso-Brazileiro para o anno de 1867: com 444 artigos e 91 gravuras. Lisboa: Sociedade Typográphica Franco-Portuguesa, 1866.

MELO FILHO, Osvaldo Ferreira de. Notas e Pesquisas Sobre o Boi-De-Mamão. Boletim da Comissão Catarinense do Folclore. Florianópolis, Ano IV, n° 15/16, Junho/Setembro de 1953.

MENEZES BASTOS, Rafael José de. O índio na música brasileira: recordando quinhentos anos de esquecimento. In.: Tugny, Rosângela Pereira de; QUEIROZ, Ruben Caixeta de (orgs.). Músicas africanas e indígenas no Brasil. Belo Horizonte: Ed. UFMG, p. 115-127, 2006.

MONTARDO, Daisy Lucy. Através do Mbaraká: música e xamanismo guarani. Tese de doutorado em Antropologia Social. PPGAS/FFLCH, Universidade de São Paulo, 2002. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-11032003-152546/publico/tdeDeiseLucy.pdf>, acesso em 15 fev. 2025.

PEREIRA, Nereu do Vale. Acerca da origem da Bernunça. Boletim da Comissão Catarinense de Folclore, Ano XLIII, nº 61, 2010a. pp.13-23.

PEREIRA, Nereu do Vale. O Boi de Mamão, folguedo folclórico da Ilha de Santa Catarina: introdução ao seu estudo. 1ª ed. Florianópolis: Associação Ecomuseu do Ribeirão da Ilha, 2010b. 188 p.

PÉREZ, Clodio González. A Coca de Betanzos. Anuario Brigantino, nº 15, p.297-306, 1992.

PIEDADE, Acácio. Fricção Musicalidades. Anais do XV Congresso da ANPPOM – Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música, Rio de Janeiro/RJ, 2005. p.1064-1071. Disponível em: <https://www.anppom.org.br/anais/anaiscongresso_anppom_2005/sessao18/acacio_piedade.pdf>. Acesso em 09 fev. 2025.

PUCCI, Magda; ALMEIDA, Berenice. Cantos da floresta: iniciação ao universo musical indígena. São Paulo: Editora Peirópolis, 2017.

RODRIGUES, Marcelo Santos. Guerra do Paraguai: os caminhos da memória entre a comemoração e o esquecimento. Departamento de História Social, FFLCH/USP. São Paulo, 2009. Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-07122009-102220/publico/MARCELO_SANTOS_RODRIGUES.pdf>, acesso em 13 fev. 2025.

SAYÃO, Thiago Juliano. Nas veredas do folclore: leituras sobre política cultural e identidade em Santa Catarina (1948-1975). Florianópolis, 2004. 106 p. Dissertação (Mestrado em História). Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/87915/204242.pdf?sequence=1&isAllowed=y>, acesso em 08 jun. 2025.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870–1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

SEEGER, Anthony. Fazendo parte: sequências musicais e bons sentimentos. Revista ANTHROPOLÓGICAS, v. 24, n. 2, p. 7-42, 2014. Disponível em:

<https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaanthropologicas/article/view/23801>, acesso em 28 out. 2025.

SEIXAS NETO, Amaro. O auto do boi. Boletim da Comissão Catarinense do Folclore, ano XIX, n° 34, Florianópolis, dez. de 1981.

SETTI, Kilza. Ubatuba no canto das praias: estudo do caiçara paulista e de sua produção musical. São Paulo: Editora Ática, 1985.

SETTI, Kilza. Notas sobre a produção musical caiçara: música como foco de resistência entre os pescadores do litoral paulista. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB-USP), nº 42, São Paulo, 1997. pp.145-169.

SILVA, Rodrigo Moreira da. Ratoeira: música de tradição oral e identidade cultural. Florianópolis: Editora da UDESC, 2011. 176 p.

SIMONI, André Luís Soares; HORACIO, Giselle Paes. (2015). O Boi-de-mamão como ação de cidadania, cultura e sustentabilidade. Revista Memorare, Tubarão/SC, v. 2, n. 3, p. 47-67 maio./ago. 2015.

SMALL, Christopher. Música e musicar: um prelúdio. Tradução: Vítor Vieira Machado e María Eugenia Domínguez. Revista GIS – Gesto, Imagem, Som. v.9, n.1, FFLCH/USP, São Paulo, 2024, p. 01-18.

SOARES, Doralécio. Boi-de-mamão catarinense Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Arte (Cadernos de Folclore; 27), 1978. 39 p.

SOARES, Doralécio. Folclore Brasileiro: Santa Catarina. Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Arte (FUNARTE), 1979. 84 p.

SOARES, Doralécio. Cantigas de Ratoeira. Boletim da Comissão Catarinense de Folclore, ano XXXIII, nº 49, dez. 1997, pp.21-25.

TADEU, Tomaz (Org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000.

TORAL, André Amaral de. A participação dos negros escravos na guerra do Paraguai. Estudos Avançados, 9 (24), EdUSP, São Paulo/SP, 1995. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ea/a/Zz5JrdgQR5hQMtMwj7dnfTd/?format=pdf&lang=pt >, Acesso em 13 fev. 2025.

TORRE, Lorena R. de la. La 'Festa do Boi', casi 700 años de tradición en torno al buey en Allariz. La Vanguardia (jornal), Barcelona, Catalunha, 2015. Disponível em: <https://www.lavanguardia.com/ocio/20150606/54432122231/la-festa-do-boi-casi-700-anos-de-tradicion-en-torno-al-buey-en-allariz.html>, acesso em 12 fev. 2025.

VELLOSO, Sônia Laiz Vernacci (Esha). Arreda Boi: a brincadeira do Boi-de-mamão como resistência e profanação no processo educativo das culturas populares. Revista NUPEART, v. 22, Florianópolis, 2019. pp.9-29. Disponível em: <https://revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/view/2358092521222019009/10983>, acesso em 15 fev. 2025.

WEBER, Tiago Linhares. Ritual de Almas e Angola: do início aos novos paradigmas. Revista Santa Catarina em História, Florianópolis, v.5, n.1, p.1-10, 2011. Disponível em: <https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/sceh/article/view/461>, acesso em 08 jun. 2025.

YUNES, Virginia Maria. Catumbi de Itapocu: tradição e fé na cultura popular afro-brasileira. 1ª ed. Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura, 2020. 128 p.

Publicado

2025-12-16

Cómo citar

MACHADO, Vítor Vieira; FRIDMAN, Ana Luisa. Tradiciones musicales e identidades culturales en disputa: repensando el discurso identitario azoriano en Santa Catarina a través de la musicalidad del Boi de Mamão. Orfeu, Florianópolis, v. 10, n. 1, p. e0209, 2025. DOI: 10.5965/2525530410012025e0209. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/26914. Acesso em: 18 dic. 2025.