O modo de dizer da teoria musical: uma reflexão sobre a terminologia de Schenker

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DOI:

https://doi.org/10.5965/2525530406032021125

Palavras-chave:

teoria musical austro-germânica, música e filosofia, Heinrich Schenker, coerência orgânica

Resumo

Coloca-se em discussão a tradução para a língua portuguesa de alguns termos da teoria musical de Heinrich Schenker. Detendo-se, principalmente, sobre os termos Urlinie e Ursatz, procura-se realizar um debate a respeito do significado de tais conceitos, significado que aparece como a manifestação estritamente musical do princípio da unidade da obra de arte. Tal princípio assume um papel emblemático na teoria se Schenker por meio do concito de coerência orgânica e, portanto, do conceito de organismo. A argumentação se concentra sobre os múltiplos significados da palavra Satz, destacando seus usos no vocabulário musical e, principalmente, nos escritos de Schenker, mais especificamente, como elemento formador do termo Ursatz. A discussão oportuniza uma reflexão a respeito de termos propostos por Schenker e de suas implicações e alcances quando vertidos para outras línguas, épocas e lugares.

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Biografia do Autor

Ivan Gonçalves Nabuco, Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Doutorando em Música pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC. Mestre em Música pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC (2019). Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2005).

Sérgio Paulo Ribeiro de Freitas, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Professor nos cursos de graduação e pós-graduação em Música na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Sua atuação docente, pesquisas e publicações se desenvolvem nos campos da teoria e análise musical. Atualmente desenvolve o projeto de pesquisa “A teoria anda só? Questões de história e reexame analítico em repertório tonal”.

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Publicado

2021-10-14

Como Citar

NABUCO, Ivan Gonçalves; FREITAS, Sérgio Paulo Ribeiro de. O modo de dizer da teoria musical: uma reflexão sobre a terminologia de Schenker. Orfeu, Florianópolis, v. 6, n. 3, 2021. DOI: 10.5965/2525530406032021125. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/20047. Acesso em: 28 mar. 2024.