A modinha como fenômeno coletivo social sob uma perspectiva andradiana e sua análise poética
DOI:
https://doi.org/10.5965/2525530404012019082Palavras-chave:
Mário de Andrade, tradição, cultura brasileira, coletivo, ModinhaResumo
Este artigo tem por objeto principal a análise da modinha enquanto documentação musical para a busca de uma melhor compreensão da sociedade brasileira, com embasamento em Mário de Andrade. Propõe-se, além disso, traçar um paralelo entre essas manifestações do Brasil imperial e a música popular brasileira do século XX e da atualidade, procurando exemplos de compositores e intérpretes que mantiveram a tradição da modinha, de serestas e canções com funções coletivas sociais similares àquela, como o samba-canção da década de 1930. Dessa forma, os resultados foram alcançados por meio de análises de modinhas, relacionando-as com sua contextualização histórica, possibilitando uma sondagem dos grupos sociais que as produziram e a continuidade da tradição na posteridade. A análise poética de “Viola quebrada”, de Mário de Andrade, possibilitou situar e contextualizar o estudo sob o prisma etnomusicológico, onde o Brasil pôde ser visto como uma nação que foi apropriada pelos colonizadores, sem considerar suas idiossincrasias naturais, e como essa metáfora é colocada no poema em questão.
Downloads
Referências
ANDRADE, M. de. A divina preguiça. A Gazeta, São Paulo, 28 nov. 1918.
ANDRADE, M. de. A situação etnográfica no Brasil. Jornal Síntese, Belo Horizonte, out. 1936.
ANDRADE, M. de. Notas diárias. Mensagem, Belo Horizonte, 24 jul. 1943.
ANDRADE, M. de. Música, doce música. São Paulo: Martins, 1963.
ANDRADE, M. de. Modinhas imperiais. Belo Horizonte: Itatiaia, 1980.
ANDRADE, M. de. Macunaíma. São Paulo: Klick, 1999.
ANDRADE, M. de. Pauliceia Desvairada. São Paulo: Ciranda Cultural, 2017.
ARAÚJO, M. de. A modinha e o lundu no século XVIII. São Paulo: Ricordi, 1963.
BLACKING, John. How musical is man? Washington: Washington Press, 1973.
CARLINI, A. Cantem lá que gravam cá. 1994. 467 fls. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1994.
CASCUDO, L. da C. Dicionário de folclore brasileiro. São Paulo: Global, 2000.
CENTRO CULTURAL SÃO PAULO. “Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta”: uma “autobiografia” de Mário de Andrade. São Paulo: Prefeitura Municipal de São Paulo, 1992.
CENTRO CULTURAL SÃO PAULO. Cantos populares do Brasil: a missão de Mário de Andrade. São Paulo: Prefeitura Municipal de São Paulo, 2007.
FREYRE, G. Casa-Grande e senzala. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1983.
HOBSBAWM, E. História social do Jazz. Tradução de Ângela Noronha. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
HOLANDA, C. B.; GUERRA, R. Calabar: o elogio da traição. São Paulo: Círculo do Livro, 1973.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1981.
IKEDA, A. T. Música política: imanência do social. 1995. 314 fls. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1995.
LOPEZ, T. P. A. Mário de Andrade: ramais e caminho. São Paulo: Duas Cidades, 1972.
KIEFER, B. A modinha e o lundu: duas raízes da música popular brasileira. Porto Alegre: Movimento, 1986.
MARRAS, S. O fado tropical de Gilberto Freyre. Cult, São Paulo, mar. 2000.
MATHIAS, A. Fina estampa. Folha de S.Paulo, São Paulo, 29 ago. 2004. Caderno Mais.
MENDES, A.; RONCARI, L.; MARANHÃO, R. Brasil história: texto e consulta. Vol. 2: Império. São Paulo: Brasiliense, 1983.
PINTO, Tiago de Oliveira. Questões de antropologia sonora. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 44, n. 1, p. 221-86, 2001.
ROUSSEAU, J. J. Emílio ou Da educação. Tradução de Sergio Milliet. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.
SANCHES, P. A. Era uma vez uma canção. Folha de Paulo, São Paulo, 29 ago. 2004. Caderno Mais.
SILVA, L. N. P. Mário universal paulista: algumas polaridades. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, 1997.
TINHORÃO, J. R. Pequena história da música popular. Petrópolis: Vozes, 1975.
TONI, F. C. A música popular brasileira na vitrola de Mário de Andrade. São Paulo: Senac, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 ORFEU
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.