O que restará?

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DOI :

https://doi.org/10.5965/2595034701292024430

Mots-clés :

antropologia, memória, sociedade, teatro , tempo

Résumé

Este texto foi produzido a partir do convite ao autor para participar do colóquio internacional Après la scène: les autres vies de la marionnette, organizado pelo Centre National du Costume et de la Scène, em Moulins (França). O tema do colóquio buscou mobilizar reflexões sobre a problemática que supõe a sobrevida das figuras criadas para o teatro de animação, quando os repertórios não estão mais ativos ou quando findam os grupos que lhes deram origem.  Neste trabalho, orbitando sobre o termo "resto", entendido como aquilo que resiste ao desaparecimento, como o lugar de inscrição e testemunho do tempo, o autor lança foco aos objetos e ao lugar que eles ocupam em nossas sociedades. A relação com o tempo também é analisada, a partir do questionamento acerca do que uma sociedade proíbe a si própria de destruir ou sacrificar, a partir do que resta, do que permanece. Quais poderiam ser nossas relações, no tempo, com estas obras, localizadas em outro contexto? Quais dinâmicas possíveis para além da cena?

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Bibliographies de l'auteur

Roland Shön

Nascido durante a última Guerra Mundial, no canto esquerdo do fundo da França, é em seu ponto superior que ele agora tem o prazer de ser contemporâneo. Infeliz, como muitos outros, ele teve que viver de uma profissão. Psiquiatria, em um hospital que recebe crianças autistas, até 1999. Com o teatro iniciou em 1978, quando criou a companhia Théâtrenciel (cerca de quarenta criações apresentadas na França e além). Ele gosta de fazer tudo no teatro: escrever, fabricar, atuar, dirigir, com aqueles e aquelas que compartilham sua paixão pelo teatro de "objetos interpostos" (bonecos, sombras, colagens, vídeos) para encantar o público e convidá-los a alimentar sua imaginação, pois Roland continua convencido de que é a imaginação que pode nos ajudar a construir outras realidades além desta, esmagadora, do mundo atual.

Maikele de Farias Azevedo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul -UFRGS

Maikele de Farias Azevedo é professora e mestranda em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Master 1 FLE pela Université des Antillese pesquisa a literatura francófona. É licenciada em Letras Português/Francês pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atuou como Assistente de Língua Portuguesa na Guiana Francesa, através do programa de Assistants de Langues Vivantes Étrangères (France Éducation International)

Références

DEBARY, Octave. De la poubelle au musée: une anthropologie des restes. Creaphiseditions, 2019.

GODELIER, Maurice. Au fondement des sociétés humaines. Albin Michel, 2007.

MICHAUX, Henri. Poteaux d’angle. NRF Gallimard, 1981.

PONGE, Francis. Le parti pris des choses. NRF Gallimard, 1942

RANCIÈRE, Jacques. Le maître ignorant. 10/18 FAYARD, 1987.

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Publiée

2024-05-10

Comment citer

SHÖN, Roland; AZEVEDO, Maikele de Farias. O que restará?. Móin-Móin - Revista de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas, Florianópolis, v. 1, n. 29, p. 430–439, 2024. DOI: 10.5965/2595034701292024430. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/moin/article/view/25510. Acesso em: 24 nov. 2024.