O localismo gera valor: marcas de moda representando Fortaleza no Instagram

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/25944630722023e3280

Palavras-chave:

localismo, instagram, moda

Resumo

Nos últimos anos, bureaus de tendências e empresas de consultoria da indústria da moda apontam cada vez mais contundentemente para uma tendência intra e pós pandêmica com foco no localismo: voltar os negócios cada vez mais para a comunidade. Esta pesquisa se dedica a analisar o perfil de marcas de moda autoral do Ceará, no nordeste do Brasil, com o intuito de verificar em suas estratégias comunicacionais na plataforma do Instagram, o uso de elementos da cultura local, que representem a cidade de Fortaleza, capital do estado, fazendo alusão à comunidade na qual estão inseridas. As marcas presentes no corpus desta pesquisa são: Ahazando, BABA e Parko e o período da pesquisa foi entre março de 2020 e abril de 2022. Para além da análise bibliográfica, a Análise de Conteúdo categorial, como sugere Lycarião (2021), foi a ferramenta metodológica escolhida para balizar as análises no campo da linguística tradicional e da hermenêutica. Procuramos teorizar no presente trabalho sobre tal tendência ao localismo, o simbolismo do consumo de moda, particularmente no Brasil, sobre a importância de utilizar elementos da cultura local como ferramenta mercadológica, tudo sobre o eixo do posicionamento das marcas pesquisadas e sua comunicação no Instagram.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ticiana Albuquerque, Universidade Federal do Ceará

Doutoranda em Ciências da Comunicação pela Universidade Católica de Lisboa. Mestra em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará. Especialista em Moda e Comunicação pela Universidade de Fortaleza. 

Referências

AHAZANDO. [Sem título]. Fortaleza. Instagram: @ahazando. Disponível em: https://www.instagram.com/ahazando/. Acesso em: 25 mar 2022.

ALBUQUERQUE, Ticiana; RIOS, Marina. 44º CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS

DA COMUNICAÇÃO - INTERCOM, 2021, Salvador. Sustentabilidade e (re)valorização do local na moda: tendências do presente para o futuro. São Paulo: Intercom, 2021. Disponível em: http://portalintercom.org.br/anais/nacional2021. Acesso em: 31 mar 2022.

BABA. [Sem título]. Fortaleza. Instagram: @insta.da.baba. Disponível em: https://www.instagram.com/insta.da.baba/. Acesso em: 25 mar 2022.

BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008.

BONIN, Adriana. Pesquisa Exploratória: reflexões em torno do papel desta prática metodológica na concretização de um projeto investigativo. In: COMPÓS, XXI, Juiz de Fora, 2012.

BOURDIEU, Pierre. Le marché des biens symboliques. L'Année Sociologique (1940/1948-), vol. 22, 1971, pp. 49–126. JSTOR, www.jstor.org/stable/27887912. Acesso em: 22 Nov. 2020.

CAMPOS, C.J. Método de análise de conteúdo: ferramenta para a análise de dados qualitativos no campo da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v. 57, n. 5, p. 611-614, 2004.

CANCLINI, Néstor García. La sociología de la cultura de Pierre Bourdieu. Sociología y cultura. 1990.

CANCLINI, Néstor García. Consumidores e Cidadãos - conflitos multiculturais da globalização. 4.ed. Rio de Janeiro, UFRJ, 1999.

DERRIDA, Jacques. Positions. Chicago: Chicago University Press, 1972.

FEATHERSTONE, Mike. Cultura de consumo e pós-modernismo. São Paulo: Studio Nobel, 1995.

FONTENELLE, I. A. Cultura do consumo: fundamentos e formas contemporâneas. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2017.

HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.

HERRING, S.C. (2009). Web Content Analysis: Expanding the Paradigm. Em: Hunsinger, J., Klastrup, L., Allen, M. (eds.) International Handbook of Internet Research. Springer, Dordrecht. https://doi.org/10.1007/978-1-4020-9789-8_14

JUVIN, Hervé; LIPOVETSKY, Gilles. A Globalização Ocidental: controvérsia sobre a cultura planetária. Barueri, SP: Manole, 2012.

LIPOVETSKY, Gilles. A sociedade da sedução: democracia e narcisismo na hipermodernidade liberal. Barueri [SP]: Manole, 2020.

McKINSEY & COMPANY. The fashion industry in 2020: Ten top themes from The State of Fashion. 2020. Disponível em: https://www.mckinsey.com/industries/retail/our-insights/the-fashion-industry-in-2020-ten-top-t hemes-from-the-state-of-fashion. Acesso em 25 mar 2022.

MICELI, Sergio. A força do sentido. In: BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. 6. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.

PARKO. [Sem título]. Fortaleza. Instagram: @parkobr. Disponível em: https://www.instagram.com/parkobr/. Acesso em: 25 mar 2022.

RUSCHEL, Rogério. O valor global do produto local. A identidade territorial como estratégia de marketing. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2019.

SAMPAIO, Rafael Cardoso, LYCARIÃO, Diógenes. Análise de Conteúdo Categorial:manual de aplicação. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2019.

SANTOS, B.S. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências, In:

SANTOS, B.S. (org.), Conhecimento Prudente para uma Vida Decente. São Paulo: Cortez Editora, p. 777-821, 2004.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Editora Record, 2008 (15a edição).

SCROOP, D. (ed.) Consuming Visions: New Essays on the Politics of Consumption in Modern America, Cambridge Scholars Publishing: Newcastle, UK, 2007.

WGSN. Varejo local 2021: mudanças e estratégias. 2021. Disponível em: https://www.wgsn.com/insight/p/article/92471?lang=pt. Acesso em: 25 mar. 2022.

Downloads

Publicado

2023-06-21

Como Citar

ALBUQUERQUE, Ticiana. O localismo gera valor: marcas de moda representando Fortaleza no Instagram. Revista de Ensino em Artes, Moda e Design, Florianópolis, v. 7, n. 2, p. 1–24, 2023. DOI: 10.5965/25944630722023e3280. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/ensinarmode/article/view/23280. Acesso em: 22 dez. 2024.