ASSISTÊNCIA À SAÚDE DO IDOSO INTEGRANTE DA UNATI (Universidade Aberta à Terceira Idade) DA UNIFAL-MG
DOI:
https://doi.org/10.5965/cidea.v4i1.1840Resumo
O Brasil vivencia o processo de envelhecimento populacional à semelhança dos países desenvolvidos. Esta transição demográfica caracteriza-se por um aumento significativo de pessoas idosas. Isto se verifica, por meio da melhora da qualidade de vida, que “é a satisfação harmoniosa dos objetivos e desejos de alguém, além de implicar numa idéia de felicidade, ou seja, a ausência de aspectos negativos”. As conseqüências cronológicas e psicológicas do envelhecimento variam de pessoa para pessoa, dificultando a adoção de uma única definição de envelhecimento. O envelhecimento não é uma doença, porém pode tornar o indivíduo mais susceptível a elas. Embora não possam ser evitadas, algumas alterações encontradas no envelhecimento podem ser modificadas por bons hábitos e mudança de estilo de vida. Outras podem ser terapeuticamente controladas, de modo que seu impacto sobre os idosos seja mínimo. Entretanto, a terapêutica deve ser efetiva, segura e necessária. O objetivo desse trabalho foi levantar o perfil farmacoterapêutico dos idosos integrantes da UNATI. O trabalho foi realizado na Farmácia-Escola da Universidade Federal de Alfenas, no período de fevereiro a julho de 2007. Foram entrevistados 50 idosos, sendo 92% do sexo feminino e 8% do sexo masculino. Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento contendo perguntas sobre: escolaridade, condição sócio-econômica, condições de saúde e medicamentos utilizados, hábitos higiênico-dietéticos e outros dados relevantes. Os idosos integrantes da UNATI têm idade superior a 50 anos. Vinte e quatro porcento dos idosos utilizam 2 medicamentos, 16% utilizam 3 medicamentos, 12% utilizam 1 medicamento ou 5 medicamentos ou nenhum medicamento, 10% utilizam 6 medicamentos, 6% utilizam 4 medicamentos e 2% utilizam 7, 8, 9 ou 10 medicamentos diferentes. Os medicamentos mais usados são: omeprazol 20 mg, sinvastatina 20 ou 10 mg, gingko biloba 80 ou 120 mg, AAS 100 mg, alendronato de 70 mg e cálcio + Vitamina D3 (concentrações variadas). Os pacientes que utilizam mais de 5 medicamentos, ou apresentam algum efeito indesejado decorrente do tratamento, ou algum parâmetro alterado (glicemia, colesterol, TSH, etc) ou que possuem baixa adesão ao tratamento foram selecionados para o Seguimento Farmacoterapêutico segundo o Método Dáder. Independentemente da utilização de medicamentos, todos os idosos foram submetidos a exames laboratoriais de rotina: hemograma, uréia, creatinina, urina I, parasitológico de fezes, glicemia de jejum e colesterol total e frações. Os exames em muitos casos são uma ferramenta de avaliação da efetividade do tratamento farmacológico. Pode-se observar pelos resultados que apenas uma pequena proporção dos idosos (12%) utilizam a polifarmácia, ou seja, utilizam 6 ou mais medicamentos. Isto é um fator positivo para o tratamento, pois quanto maior o número de medicamentos utilizados, maior a probabilidade de ocorrência de interações medicamentosas e de reações adversas.Downloads
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Publicado
2011-01-05
Como Citar
ALVES MOREIRA MARQUES, Luciene et al. ASSISTÊNCIA À SAÚDE DO IDOSO INTEGRANTE DA UNATI (Universidade Aberta à Terceira Idade) DA UNIFAL-MG. Cidadania em Ação: Revista de Extensão e Cultura, Florianópolis, v. 4, n. 1, 2011. DOI: 10.5965/cidea.v4i1.1840. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/cidadaniaemacao/article/view/1840. Acesso em: 22 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos