João em situação de autismo: o que fazem e dizem as crianças na Educação Infantil
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984317813022017110Palavras-chave:
Educação, Infância, Ensino, Autismo,Resumo
Analisamos as interações sociais entre crianças ditas normais e uma criança em situação de autismo em uma instituição de Educação Infantil, à luz das concepções de construção social da deficiência e histórico-cultural de aprendizagem. A diferença expressa que contempla o autismo é produzida socialmente a partir de padrões dominantes de normalidade e de produtividade em sociedades desiguais, quando a diferença é transformada em desigualdade social. No sóciointeracionismo, a aprendizagem é produzida na força das relações sociais enquanto ferramenta cultural de produção e análise da origem dos processos de construção dos sujeitos e dos saberes na escolarização formal. Os dados que focalizam as interações e ações dos ditos normais sobre o sujeito em situação de autismo foram produzidos por observação participante, diário de campo e vídeogravação. Apontam para o franco processo de construção da deficiência e da infância como construções sociais. Há nas concepções infantis, a visibilidade de João como sujeito de destrezas e possibilidades, não apenas de limites, o que fere a alteridade classificatória que fundamenta a deficiência compreendida como causalidade da falta, o que reafirma o princípio de educação inclusiva porque a interação conjunta entre ditos normais e ditos deficientes colabora com o processo educacional de todos envolvidos.Downloads
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