O corpo no museu de arte
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431781722021001Palavras-chave:
museu, corpo, estética, exposição de arteResumo
Considerando a importância dos museus de arte e espaços afins como loci para a promoção de diferentes experiências estéticas, discute-se como as configurações e percursos de exposições artísticas podem moldar o comportamento dos corpos dos visitantes desses espaços. Para tanto, elege-se quatro mostras artísticas para análise: exposição “L’ultimo Caravaggio eredi e nuovi maestri” na Gallerie dela Scala em Milão, Itália (2018); a exposição “Art of the Brick” de Nathan Sawaya na Oca – Usp no Parque do Ibirapuera, São Paulo (2016); a exposição do acervo fixo de Arte Moderna e Contemporânea e, por fim, as oficinas de arte promovidas pela Tate Modern em Londres, Inglaterra (2018). Essas mostras expressam dois modelos distintos. Nas exposições italiana e paulista, os espaços são pré-determinados e moldados para atender ao modelo veiculado pelas empresas que promovem megaexposições artísticas; nelas, ocorre uma presença rápida e formatada dos corpos visitantes. Nas exposições londrinas, há menos rigidez na configuração, propiciando um grau maior de liberdade e desaceleração do bailar dos corpos dos visitantes nos espaços expositivos. Percebe-se, portanto, que museus de arte e espaços afins são organizados a partir de projetos educativos amplos que incluem uma educação corporal dos seus visitantes.
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