Simulação de trajetória narrativa entre cidades e outras notas em trânsito

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/24471267822022231

Palavras-chave:

arquivo pessoal, deslocamento, percurso, rearranjo, narrativa

Resumo

Para a pesquisa de mestrado no PPGARTES-UFC, utilizei o recorte temporal dos anos 2018 a 2020 para delimitar minha coleção de documentos arquivados a serem revistos e pós-produzidos para a criação artística. Justifico a escolha do recorte e descrevo situações, autoanálises e memórias desse período específico. Utilizando técnicas como a identificação de padrões, a filtragem e o agrupamento para rearranjar dados do meu cotidiano, proponho a persona autoficcional Amari, para a qual, neste texto, apresento a trajetória narrativa: um percurso entre cidades e modais de transporte. Para tratar do encontro e das relações entre elementos (tangíveis e intangíveis), uso a imagem de rede (em diferentes abordagens tecnológicas) e adoto os pensamentos de Ingold (2015) sobre peregrinação e modos de conhecer. Através de cinco relatos de experiências pessoais, simulo cenários de crise, exponho a processualidade e busco comunicar o contexto (a visão) em que surge e se desenvolve esta pesquisa. Por fim, este artigo reflete sobre o nomadismo em territórios, em campos do conhecimento e na interação humana com o digital.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ariane de Almeida Mendes, Universidade Federal do Ceará

Mestranda em Artes e graduada em Engenharia de Produção Mecânica (2018), ambos pela Universidade Federal do Ceará. Pesquisa interações entre arte e tecnologia. Gerente de projetos e designer de processos, possui interesse na cidade, na produção sustentável e na inovação colaborativa.

João Vilnei Oliveira Filho, Universidade Federal do Ceará

Doutor em Arte e Design pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (2017), com apoio por financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia FCT / POPH / FSE e mestre em Criação Artística Contemporânea pela Universidade de Aveiro (2010). Professor adjunto do curso de Design Digital (2015) e permanente do Programa de Pós-Graduação em Artes (2017), ambos da Universidade Federal do Ceará.

Referências

BEIGUELMAN, Giselle. Políticas da imagem: vigilância e resistências na dadosfera. - São Paulo: Ubu Editora, 2021.

BENSUSAN, Nurit. Do que é feito o encontro. Ilustrações de Ana Cartaxo. — Brasília, DF : IEB Mil Folhas, 2019.

CARERI, Francesco. Walkscapes: o caminhar como prática estética; prefácio de Paola Berenstein Jacques; tradução Frederico Bonaldo. — I. ed. — São Paulo : Editora G. Gili, 2013.

CONSIGLIO, Sonia. Por que assistentes virtuais são mulheres?. VALOR INVESTE, 4 de maio de 2021. Disponível em: https://valorinveste.globo.com/blogs/sonia-favaretto/post/2021/05/por- que-assistentes-virtuais-sao-mulheres.ghtml. Acesso em: 01, jun. 2022.

DIAMOND, Sara. Visualização de dados: materialidade e mediação [2011]. In: KOSMINSKY, Doris; CASTRO, Barbara; LUDWIG, Luiz. Existência Numérica - 1a ed. - Rio de Janeiro : Rio Book’s, 2018. p. 57 - 63.

FLUSSER, Vilém. O universo das imagens técnicas: Elogio da superficialidade. - São Paulo : Annablume, 2008.

FROEN, Jonathan Safran. Aqui estou. — Editora Rocco, 2017.

HAN, Byung-Chul. Sociedade da transparência ; tradução de Enio Paulo Giachini. - Petrópolis, RJ : Vozes, 2017.

INGOLD, Tim. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Tradução de Fábio Credes. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

MACHADO, Arlindo. Máquina e imaginário: o desafio das poéticas tecnológicas. São Paulo: EdUSP, 1993.

MANOVICH, Lev. Introduction to Info-Aesthetics (2008). Disponível em: http://manovich.net/content/04-projects/060-introduction-to-info-aesthetics/57-article-2008.pdf. Acesso em: 19, jul. 2022.

MANOVICH, Lev. Database as a symbolic form (1998). Disponível em: http://manovich.net/content/04-projects/022-database-as-a-symbolic-form/19_article_1998.pdf. Acesso em: 10, maio de 2021.

ROMAGNOLI, Gabriele. Solo bagaglio a mano. — Feltrinelli, 2015.

SALLES, Cecília Almeida. Redes da Criação: Construção da Obra de Arte. São Paulo: Editora Horizonte, 2006.

VENTURELLI Suzete., & Melo, M. A. de. (2019). O visível do invisível: data art e visualização de dados. ARS (São Paulo), 17(35), 203 - 214. https://doi.org/10.11606/

VENTURELLI, Suzete. Arte: espaço_tempo_imagem. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2011.

VIANNA, Fernando Ressetti Pinheiro Marques. Se os dados são o novo petróleo, onde estão os royalties? O neoliberalismo na era dos dados. Revista Gestão & Conexões. Vitória (ES), v. 10, n. 3, set/dez 2021.

WASSERMAN, Stanley; FAUST, Katherine. Social Network Analysis: Methods and Applications. Cambridge University Press, 2004.

WURMAN, Richard Saul. Ansiedade da informação: como transformar informação em compreensão. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1991.

Downloads

Publicado

2022-10-06

Como Citar

MENDES, Ariane de Almeida; OLIVEIRA FILHO, João Vilnei. Simulação de trajetória narrativa entre cidades e outras notas em trânsito. Revista Apotheke, Florianópolis, v. 8, n. 2, p. 231–247, 2022. DOI: 10.5965/24471267822022231. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/apotheke/article/view/22373. Acesso em: 20 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Seção temática