Teorias sensíveis: notas sobre literacia afectiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573102512024e0109

Palavras-chave:

afectos, performance, potência, discernimento

Resumo

Este artigo considera as artes cénicas, em particular o teatro, como práticas de sentir que não se limitam à experiência afectiva provocada pelos efeitos cénicos/teatrais, no tempo e no espaço da obra ao vivo, mas que têm uma função de potenciar a descoberta de como e porque se sente o que se sente. Abordando dois espectáculos recentes (“Quis saber quem sou”, do encenador português Pedro Penim e “Feijoada”, do coreógrafo brasileiro Calixto Neto), esboça-se o conceito de literacia afectiva como forma de reconhecer e entender que o que sentimos resulta de uma configuração social e cultural de afectos historicamente situada. A literacia afectiva visa o empoderamento ético das nossas escolhas e acções.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Pais, Universidade Nova de Lisboa

Investigadora Auxiliar CEEC no ICNOVA, FCSH, Universidade NOVA de Lisboa. Doutorada em Estudos Artísticos (de Teatro) na Universidade de Lisboa – Portugal. Mestrado em Estudos de Teatro – Universidade de Lisboa. Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas na Universidade de Lisboa.

Referências

CRARY, Jonathan. Techniques of the Observer. On Vision and Modernity in the Nineteenth Century. Massachusetts: The MIT Press, 1992.

CRARY, Jonathan. Suspensions of Perception, Cambridge: MIT Press, 1999.

FRANCK, Georg. «Ökonomie der Aufmerksamkeit», Merkur 534/535 (Setembro/Outubro), p. 748–761, 1993.

SERRA, José Pedro. Pensar o Trágico. Categorias da Tragédia Grega, Lisboa: FCG-FCT, 2006.

Publicado

2024-07-24

Como Citar

PAIS, Ana. Teorias sensíveis: notas sobre literacia afectiva. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 51, p. 1–13, 2024. DOI: 10.5965/1414573102512024e0109. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/25547. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático: O que fazer com a teoria teatral?