Processos criativos em Laboratório: A produção de intimidade no território disruptivo do tecnovívio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573103422021e0118

Palavras-chave:

Autoficção, Biopotência, Decolonização

Resumo

Os processos biográficos/autoficcionais nos ensinam a enfrentar os dispositivos de controle biopolítico sobre nossa produção imaterial, especialmente os afetos. Essas narrativas de intimidade são um convite luminoso para a reinvenção radical do sujeito, para o refazimento do mapa de afetos e enfrentamento das  “realidades” intimidantes. Essa promessa de intervenção e emancipação apontadas com as narrativas de intimidade ainda podem funcionar em um território virtual? A decolonização, desmercantilização e desprivatização dos corpos se realiza numa prática artística à distância? Onde não é possível o convívio entre corpos diversos? Como produzir corpos biopotentes no território disruptivo do tecnovívio? É o que esse ensaio busca refletir.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Martha de Mello Ribeiro, Universidade Federal Fluminense

Pós-Doutorado em Teatro pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP  - FAPESP, 2010). Estágio de Pós-Doutorado na Università di Bologna (CAPES, 2015-2016). Doutora em Teoria e História Literária pela UNICAMP, com período sanduiche na Università di Torino (2007). Professora Associada no Departamento de Arte do Instituto de Arte e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense. Docente no Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos.

Referências

ARTAUD, Antonin. O teatro e seu duplo. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

ARTAUD, Antonin. Ouevres complètes, tomo XV. Cahiers de Rodez. Paris: Gallimard, 1981.

BADIOU, Alain. Em busca do real perdido. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.

BARBA, Eugenio. A Canoa de Papel. Brasília: Ed. Dulcina, 2009.

CLARK, Lygia. A propósito da magia do objeto, 1965. Estamos domesticados?, 1964. In: Associação cultural Mundo de Lygia.

COMITÊ INVISÍVEL. Aos nossos amigos. Crise e Insurreição. São Paulo: n-1 edições, 2016.

CORNÁGO, Óscar. Atuar de “Verdade”. A Confissão Como Estratégia Cênica. Urdimento – Revista de Estudo em Artes Cênicas, Florianópolis, v.2, n.13, p.099-111, 2018. Disponível em:

https://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/1414573102132009099. Acesso em: 20 abr. 2020.

CORNÁGO, Óscar. Biodrama: Sobre el teatro de la vida y la vida del teatro. Latin America Theatre Review: Kansas, v.39, n.01, p.05-28, 2005. Disponível em: https://journals.ku.edu/latr/article/view/1515. Acesso em: 10 jan. 2019.

DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Rio de Janeiro: Semeion, 1976.

DELEUZE, PARNET. Diálogos. São Paulo: Editora Escuta, 1998.

DERRIDA, Jacques. A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 1971.

DUBATTI, Jorge. O teatro dos mortos, introdução a uma filosofia do teatro. São Paulo: SESC, 2016.

FERAL, Josette. Teatro, teoria y páctica: más allá de las fronteras. Galerna: Buenos Aires, 2004.

FERNANDES, Sílvia. Teatralidades Contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 2010.

FOUCAULT, Michel. O corpo utópico, as heterotopias. São Paulo: N-1 edições, 2013.

GIL, José. Em busca da identidade, o desnorte. Lisboa: Relógio D’água, 2009.

GIL, José. O Corpo Paradoxal. In_ Movimento total. Lisboa: Relógio D’água: 2001.

GROTOWSKI, Jerzy. O performer. Tradução de Celina Sodré. Conferência pronunciada por Grotowski e publicada pela Art-Press em 1987. Texto original em francês traduzido por Celina Sodré (sem publicação). Acesso em: 2013, compartilhamento de uma das alunas do Instituto do ator.

LINS, Sonia. Artes, 1996. Disponível em http://www.sonialins.com.br/ pdf/artes.pdf. Acesso em: 20 jan. 2021.

LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo GH. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

LEHMANN, Hans-Thies. Teatro pós-dramático. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.

MARINIS, Marco. Capire il teatro, lineamenti di una nuova teatrologia. Firenze: Bulzoni, 1999.

PELBART, Peter Pál. Biopolítica. Sala Preta. São Paulo: USP, V. 7, s/n, p.57-66, 2007. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57320.

Acesso em: 10 abr. 2020

RANCIÈRE, Jacques. O destino das imagens. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

RIBEIRO, Martha. O treinamento do ator no laboratório de criação e investigação da cena contemporânea: a respiração como escultura de afetos. Revista Pitágoras 500, Campinas, v.9, n.1, p. 132-144, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/pit500/article/view/8655510. Acesso em: 27 maio 2019.

RIBEIRO, Martha. Teatros do real e a abertura da representação. Urdimento – Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 1, n. 37, p. 344-355, 2020. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/1414573101372020344. Acesso em: 17 abr. 2020

ROLNIK, Suely. Esquizoanálise e Antropofagia. Texto apresentado no colóquio Encontros Internacionais Gilles Deleuze. Brasil, 1996. Disponível em: http://www4.pucsp.br/nucleodesubjetividade/Textos/SUELY/Antropesquizoan.pdf. Acesso em: 10 março, 2019.

ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição. Notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018.

ROLNIK, Suely. Por um estado de arte a atualidade de Lygia Clark. In: Núcleo Histórico: Antropofagia e Histórias de Canibalismos, São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1998.

ROLNIK, Suely. Lygia Clark, da obra ao acontecimento (Catálogo de exposição). São Paulo: Pinacoteca de São Paulo, 2006.

ROLNIK, Suely. Lygia Clark e o híbrido arte/clínica. Disponível em http://caosmose.net/suelyrolnik/

ROLNIK, Suely. O corpo vibrátil de Lygia Clark. In: Caderno Mais, Folha de São Paulo. São Paulo. Abril, 2000.

Downloads

Publicado

2021-12-13

Como Citar

RIBEIRO, Martha de Mello. Processos criativos em Laboratório: A produção de intimidade no território disruptivo do tecnovívio. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 3, n. 42, p. 1–28, 2021. DOI: 10.5965/1414573103422021e0118. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/20401. Acesso em: 29 mar. 2024.