Louise em dois tempos: estratégias brasileiras feministas de criação teatral em fluxo de resistência

Autores

  • Luciana de Fatima Rocha Pereira de Lyra Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573103332018196

Resumo

Tomando como dínamo a jornada artística da paulistana Beatriz Tragtenberg e suas estratégias de ação no teatro, cartografa-se uma linha espiralar que integra dois tempos, no desvelar de experiências por ela engendradas, quais sejam: a constituição do grupo Teatro-Circo Alegria dos Pobres, durante o golpe militar em 1970, e a invenção do espetáculo Pour Louise ou a desejada virtude da resistência, com base na vida/obra de Louise Michel, ativista francesa do século XIX, elaborado ao longo do golpe político entre 2016/2018. Com uma linguagem de caráter poético-memorial, tramada a entrevistas, o artigo intenta pensar sobre a relação entre práticas anarquistas e feministas no teatro como sendas de resistência.

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Biografia do Autor

Luciana de Fatima Rocha Pereira de Lyra, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ

Luciana Lyra é atriz, performer, encenadora, diretora, dramaturga e escritora. Professora efetiva do departamento de Arte e Cultura Popular e do Programa de Pós Graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e professora colaboradora dos Programas de Pós Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e de Teatro da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). É pós doutora em Antropologia, pela FFLCH/USP e em Artes Cênicas pelo DEART/UFRN , doutora e mestre em Artes Cênicas pelo IA/UNICAMP. Foi docente da Universidade Estadual Paulista (UNESP), da Faculdade Paulista de Arte (FPA), da Universidade Guarulhos (UNG) e da Escola Livre de Teatro de Santo André (ELT). É integrante da companhia de teatro OS FOFOS ENCENAM-SP e fundadora de seu estúdio de investigação, UNA(L)UNA – PESQUISA E CRIAÇÃO EM ARTE. Com OS FOFOS, atuou nos espetáculos Assombrações do Recife Velho (2005), Memória da Cana (2009) e Terra de Santo (2012), premiados nacionalmente. Para além do trabalho com os Fofos, integrou as experiências da universidade a um fazer teatral autoral, desenvolvendo os espetáculos Joana In Cárcere (2005), Calunga (2006), Conto (2007), Guerreiras (2009) e Homens e caranguejos (2012), Obscena, Cara da Mãe e Fogo de Monturo (2015).  Entre 2010 e 2011, também ingressou no universo da literatura com a publicação de dois livros, o texto teatral ‘Guerreiras’, o romance infantojuvenil  ‘De como meninas guerreiras contaram heroínas’ e a dramaturgia de Lunik  e Josephina, ambos patrocinados pelo Prêmio de Criação Literária – Dramaturgia pelo ProAC-SP. Em produções independentes, trabalhou como atriz nos espetáculos Paixão de Cristo de Nova Jerusalém e Um Berço de Pedra, direção de William Pereira e texto de Newton Moreno e Boi Ronceiro, direção de Mariana Vaz e texto de Ricardo Inhan. Sites: www.unaluna.art.br e www.lucianalyra.com.br.

 

 

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Publicado

2018-11-19

Como Citar

LYRA, Luciana de Fatima Rocha Pereira de. Louise em dois tempos: estratégias brasileiras feministas de criação teatral em fluxo de resistência. Urdimento: Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 3, n. 33, p. 196–213, 2018. DOI: 10.5965/1414573103332018196. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/1414573103332018196. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático - Teatros Feministas: Lutas e Conquistas