Colonialismo português e resistências angolanas nas memórias de Adriano João Sebastião (1923-1960)

Autores

  • Washington Santos Nascimento Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175180308192016283

Resumo

Este artigo faz uma discussão sobre a maior presença do colonialismo português no interior angolano na primeira metade do século XX e as resistências a ele. Para tanto, acompanharemos parte da vida do politico Adriano João Sebastião desde o seu nascimento, em 1923, até sua prisão, em 1960, através da análise de seu livro de memórias “Dos Campos de Algodão aos dias de hoje”, editado em 1993. Pretende-se, desta forma, entender como o colonialismo português afetou o cotidiano de um homem angolano.

 

Palavras-chave: Angola, Colonização, Resistências; Adriano Sebastião; Memórias.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Washington Santos Nascimento, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo - USP (2013). Mestre em Ciências Sociais: Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP (2008). Especialista em Memória, História e Historiografia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB (2006). Especialista em Educação Superior pelas Faculdades Internacionais de Curitiba FACINTER (2004). Graduado em História pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB (2003). Leciona no Ensino Superior desde 2004 em universidades e faculdades da Bahia (UESB e FTC) e de São Paulo (UBC, UNINOVE, FACEQ, SUMARE...) nos cursos de graduação e pós-graduação. Entre 2011 e 2012 foi editor da Revista Educação, Gestão e Sociedade (ISSN 2179-9636). De 2013 a 2014 foi diretor geral da Faculdade Eça de Queirós em Jandira/SP. Desde 2015 é professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), lotado na área de Moderna e Contemporânea, na sub-área de História da África. 

Referências

Referências Bibliográficas.

Fontes:

MENDES, Afonso. A Huíla e Moçâmedes: considerações sobre o trabalho indígena. Lisboa : Junta de Investigações do Ultramar, 1958.

RODRIGUES, Alberto Leite. A indústria química nas colónias: Elementos colhidos no cruzeiro de férias (1935). Disponível em http://www.spq.pt/magazines/RCPA/487/article/10001262/pdf. Acesso em 10 de Junho de 2016.

SEBASTIÃO, Adriano. Mérito do processo 50 foi a consciencialização do povo angolano. Agência Angola Press. Disponível em http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2006/1/7/Merito-processo-foi-consciencializacao-povo-angolano,c361f1ae-fb29-4dc0-a27f-cfba1ad66261.html. Acesso em 02 de Fevereiro de 2016.

_____.Dos campos de algodão aos dias de hoje. Edição do Autor, 1993

Bibliografia secundária

BOAVIDA, Américo. Angola: cinco séculos de exploração portuguesa. Civilização Brasileira. 1967.

BITTENCOURT, Marcelo. A criação do MPLA. Estudos Afro-Asiáticos, Rio de Janeiro, v. 32, n.32, p. 185-208, 1997.

CASSAMA, Daniel Júlio Lopes Soares. Amílcar Cabral e a independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde. Dissertação de mestrado em Ciências Sociais. Faculdade de Ciências e Letras. UNESP, Araraquara, São Paulo, 2014.

CASTELO, Claudia. Novos Brasis" em África: desenvolvimento e colonialismo português tardio. Varia história. 2014, vol.30, n.53, pp. 507-532.

_____. Passagens para África. O Povoamento de Angola e Moçambique com Naturais da Metrópole, Porto, Edições Afrontamento, 2007.

CASTRO, Isabel Henriques. Território e Identidade. O desmantelamento da terra africana e a construção da Angola colonial (c. 1872 – c. 1926). Sumário pormenorizado da lição de síntese apresentada a provas para obtenção do título de Professor Agregado do 4º Grupo (História) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Lisboa. 2003.

CRUZ, Elizabeth Ceita Vera. O Estatuto do Indigenato e a legalização da discriminação na colonização portuguesa: o caso de Angola. Lisboa. Novo Imbondeiro. 2005.

FRANCO, Paulo Fernando Campbell. Amilcar Cabral: a palavra falada e a palavra vivida. Mestrado em História Social. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009

HAMPATÉ BÂ, A. A tradição viva. In: KI-ZERBO (coord.). História Geral da África I. Metodologia e pré-história da África. São Paulo: Ática; Paris: UNESCO, 2012, pp.181-218.

LE GOFF, Jacques. Memória In: LE GOFF, Jacques. História e Memória. 5. ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 2003.

MEDINA, Maria do Carmo. Angola: Processos Políticos da Luta pela Independência. ed. Coimbra: Almedina, 2005.

MENEZES, Solival. Mamma Angola: Sociedade e Economia de um país nascente. Prefácio de Paul Singer. São Paulo: Edusp; FAPESP, 2000, p. 139.

NASCIMENTO, Washington Santos. Minha mãe me entregou nas mãos do professor para fazer de mim o que quisesse e pudesse?: memórias da educação escolar em Angola. Revista HISTEDBR On-line, v. 55, p. 231-249, 2014.

_____.Gentes do Mato: os "novos assimilados" em Luanda. Tese de Doutorado em História Social. Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013

OLEG, Ignatiev. Amílcar Cabral. Moscovo: Edições Progresso.1984.

OLIVEIRA, Mario Antonio Fernandes. Reler África. Instituto de Antropologia. Universidade de Coimbra, 1990

PAREDES, Margarida Paredes. Deolinda Rodrigues, da Família Metodista à Família MPLA, o Papel da Cultura na Política. Cadernos de Estudos Africanos [Online], 20, 2010, posto online no dia 22 Julho 2012, consultado o 11 Junho 2016. URL : http://cea.revues.org/135 ; DOI : 10.4000/cea.135.

PINTO, Wilmer Delgado Pinto. Caraterização do comando e liderança de Amílcar Cabral. Relatório Científico Final do Trabalho de Investigação Aplicada. Academia Militar. Lisboa, 2014.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas/SP: Editora da Unicamp, 2007.

SANTOS, Daniel dos. Sociedade política e formação social angolana (1975-1985) In: Estudos Afro-Asiáticos. Nº 32, Dez. 1997, Rio de Janeiro: Editora Universidade Cândido Mendes, 1997.

SANTOS, Maria Emilia Madeira dos. Nos caminhos de África. Serventia e Posse. Angola Século XIX. Lisboa, 1998.

SILVA, Elisete Marques. Impactos da ocupação colonial nas sociedades rurais do Sul de Angola, Lisboa: Centro de Estudos Africanos/ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, 2003.

XITU, Uanhenga. “Mestre” Tamoda & Kahitu: contos. São Paulo: Ática, 1984.

Downloads

Publicado

2016-12-20

Como Citar

NASCIMENTO, Washington Santos. Colonialismo português e resistências angolanas nas memórias de Adriano João Sebastião (1923-1960). Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 8, n. 19, p. 283–306, 2016. DOI: 10.5965/2175180308192016283. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180308192016283. Acesso em: 28 mar. 2024.