Sentido público, direções privadas: o processo de formação político-institucional da Fiocruz (1970-1979)
DOI :
https://doi.org/10.5965/2175180310242018410Résumé
Este artigo tem por objetivo compreender a trajetória político e organizacional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre os anos de 1970 e 1979, com ênfase na elaboração das estruturas normativas e funcionais, em especial no modelo de gestão empreendido nos primeiros anos da Fiocruz e no chamado processo de “recuperação de Manguinhos” (1975-1979), a partir da análise das fontes oficiais da instituição, sobretudo dos estatutos, dos relatórios de atividades e planos estratégicos. Partimos da hipótese de que se forjou na Fiocruz um projeto político-institucional constituído pela simbiose entre uma lógica funcional privada que se alimenta de sua identidade pública, no qual os interesses de natureza privada se sobrepõem à edificação de uma estrutura pública e estatal. Portanto, almejamos traçar uma análise crítica da trajetória da Fiocruz, compreendendo a formação de suas bases político-organizacional, os conflitos entre a noção de público e privado na instituição, bem como quais projetos foram contemplados.
Palavras-chave: Fundação Oswaldo Cruz – HISTÓRIA. Fundação Oswaldo Cruz – Aspectos políticos. Manguinhos (Rio de Janeiro, RJ).Téléchargements
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