A transição democrática brasileira (1974-1989) pelas lentes de João Batista de Andrade

Auteurs

  • Alcilene Cavalcante Oliveira Universidade Federal de Goiás/Faculdade de História

DOI :

https://doi.org/10.5965/2175180309212017043

Résumé

Este artigo aborda a relação entre memória e mídia, a partir do longa-metragem, de ficção, A Próxima Vítima (1983), de João Batista de Andrade, partindo da ideia de que um artefato cultural é um suporte de memória. Se um filme, mesmo de modo ficcional, encena aspectos do presente do período no qual é realizado, constitui registros que lhe conferem tal lugar de memória. O filme de Andrade, concebido no início dos anos 1980 e herdeiro da trajetória profissional do diretor, tanto no cinema quanto na televisão, entra nos embates de memória, como testemunho do período de transição democrática no Brasil (1974-1989), seja por sua datação, seja pelo que artificiosamente constrói. No texto, situamos, incialmente, questões que sobressaem na chave memória e mídia; em seguida, passamos pela cinematografia do cineasta, no que se conecta ao filme em questão; a chegada é o filme como memória da transição.

 

Palavras-chave: Cinema e História. Memória. Brasil-História- 1974-1989.

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Biographie de l'auteur

Alcilene Cavalcante Oliveira, Universidade Federal de Goiás/Faculdade de História

Graduada em História (UFOP), especialista em Arte e Cultura Barroca (UFOP), mestra em História (UNICAMP), doutora em Letras: Estudos Literários (UFMG), tendo desenvolvido pesquisa interdisciplinar (Literatura e História). Concluiu estágio de Pós-doutorado em História, na UFF, sendo bolsista do CNPQ. Tem formação técnica em audiovisual. Trabalha com temáticas relacionadas à América Latina, especialmente ao Brasil e a Argentina, tais como: gênero, cultura política feminista, religião, direitos humanos, narrativas, biografias; audiovisual e metodologias de ensino, em particular usos de filmes em salas de aula. Publicou sua dissertação de mestrado sobre a ação pastoral de bispos de Minas Gerais no século XVIII (2016) e sua tese de doutoramento, um perfil biográfico de Emília Freitas, escritora cearense republicana do século XIX (2008), além de diferentes artigos e capítulos de livros sobre História, cinema e gênero.

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Publiée

2017-09-26

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