Biopolítica como categoria analítica dos eventos políticos contemporâneos: nas trilhas de Esposito e Nietzsche
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180311262019530Resumen
A discussão aqui proposta parte da leitura da biopolítica como marcador conceitual capaz de pensar de forma mais adequada as expressões da política contemporânea. A partir dessa localização, passamos à exposição do Paradigma Imunitário pensado por Roberto Esposito como dispositivo conceitual central da biopolítica. Ao fazer uso de uma metodologia analítica pretendemos colocar os conteúdos da noção de communitas e immunitas, para compreender os motivos que levam Roberto Esposito a afirmar que essa relação responde pelo próprio ciclo da biopolítica e justifica sua tomada protetiva ou letal da vida e os mecanismos de hierarquização de formas de vida. Após analisar os sentidos de comunidade, imunidade e biopolítica, passamos a investigar o que leva Esposito a entender que Nietzsche teria sido o autor que melhor compreendeu a lógica imunitária da modernidade. O presente trabalho tem a intenção de mostrar que o pensamento de Esposito e sua interpretação de Nietzsche, colocam várias das questões hoje em pauta. As tomadas da vida pelo poder, os critérios de seleção e exclusão de certas formas de vida e a disputa sobre a legislação do que vem a ser o humano cuja vida vale viver. Todas essas questões são aqui retomadas como presentes em Esposito e existentes de modo subjacente em Nietzsche.
Palavras-chave: Paradigma Imunitário. Biopolítica. Vida. Poder.Descargas
Citas
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