Entre memória e história, filiação destruída, trauma, narrativa de vida e paixão por arquivos
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180305092013231Palabras clave:
crianças escondidas, judeus, deportação, arquivos, transmissão, Segunda Guerra MundialResumen
Minha intervenção relata aspectos de uma pesquisa, ou antes, de um convívio com um grupo particular pessoas que foram crianças judias que permaneceram escondidas na Franca durante a Ocupação e que sobreviveram ao genocídio, e que eu encontrei 60 anos depois. Meu argumento vai apoiar-se na minha participação nas atividades da Associação pela memória do Comboio Y, que elas criaram e cujas diferentes atividades eu segui, para depois realizar entrevistas com 16 participantes. Durante mais de quatro anos, acompanhei o grupo: as reuniões, as assembleias gerais, as viagens de comemoração no interior, em Paris e na Polônia, as exposições e as diferentes evoluções da associação criada pelo grupo. O grupo não se constituiu em razão de sua experiência dolorosa e singular de crianças judias escondidas na Franca durante a Ocupação, mas em nome da memória de seus pais deportados em julho de 1942, em sua maioria assassinados em Auschwitz. Perguntei-me o que estava em jogo no dinamismo dessas atitudes contemporâneas sobre traumas e desaparecimentos que datam mais de meio século, com o sentimento de que se reinstaurava uma possibilidade criativa de elaboração dos lutos e das perdas como autorizado ou legitimado pelo projeto de pesquisa sobre transmissão e uma paixão por arquivos.
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