Revisando livros didáticos de História: ação da diplomacia cultural em nome da paz
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180303022011077Palavras-chave:
ensino de História, livro didático, diplomacia cultural, liga das nações, união pan-americanaResumo
No cenário internacional do pós-primeira guerra, gradualmente, os objetivos morais somavam-se aos objetivos cívicos do ensino de História. A década de 1920, especialmente, foi marcada por uma discussão ampla sobre o papel da educação – especialmente do ensino de História – na construção de um mundo de paz. O livro didático esteve no centro desse debate e educadores de tendências opostas manifestaram-se. Ao longo desses debates, o papel da Commission Internationale de Coopération Intellectuelle (CICI) se destacou na Liga das Nações, procurando facilitar a colaboração de intelectuais no serviço de promoção da paz mundial dentro dos objetivos da Liga. O presente artigo reflete sobre esse contexto, destacando o papel do Brasil na adoção de uma diplomacia cultural válida tanto para os países europeus quanto para os vizinhos latino-americanos, considerando a dinâmica da transição do foco de interesses da Liga das Nações para a União Panamericana. Ressaltamos a atuação do Ministério das Relações Exteriores nesse processo ao empreender uma diplomacia cultural sobre a História a ser ensinada, que, incólume às oscilações políticas do período, culmina na manutenção de publicação da “Bibliografia de História do Brasil”.
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