Ficções para o fim do mundo: uma proposta epistemológica contra-colonial
DOI:
https://doi.org/10.5965/19847246242023e0203Palavras-chave:
ficções, epistemologia contra-colonial, fim do mundoResumo
O fim do mundo é o horizonte que aterroriza o mundo da branquitude. O colapso global tornou-se o horror por excelência, ao apontar para o esmaecimento do futuro idealizado por uma humanidade criada pelas ficções moderno-coloniais. Nessa esteira, discutimos sobre uma crise epistemológica, a qual, a partir de suas narrativas criadas no berço dessa modernidade-colonialidade, alimentam o mundo que conhecemos: o mundo neoliberal-colonial. Em contraposição, propomos as ficções como uma espécie de tensionamento das epistemologias modernas e, também, como a possibilidade de escrita de novas epistemologias descentradas da lógica racista. Assim, o fim do mundo torna-se uma possibilidade: para que o novo ganhe lugar, para que a História não chegue ao seu fim, é preciso tramar novas ficções nas quais este mundo, em sua miséria, encontre sua finitude. As ficções, portanto, como armas contra-coloniais.
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