Do quadro ao jogo de fruição: Bosch Adventure Game

Autores

Palavras-chave:

museu, arte, videogame, fruição, Bosch

Resumo

O artigo aborda o jogo digital Bosch Adventure Game que foi produzido pelo Museu Boijmans (Roterdã) e desenvolvido pelo V2_Lab para a exposição Hieronymus Bosch 1450-1516: Only Opportunity to See So Many Works Together. Realiza leitura (Roland Barthes) da interface (Lev Manovich) do jogo, enfocando o conceito de jogo, o gameplay, a narrativa e as obras de Bosch tomadas como referência: Os Sete Pecados Capitais e O Mascate. O artigo conclui apontando esse jogo como suplemento de obra e dispositivo de fruição para além dos limites da pintura.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Beatriz Bahia, Federal Institute of Santa Catarina

Pesquisa e desenvolve tecnologias educacionais há 14 anos, com destaque para jogos digitais (videogames). É doutora em Educação (2008) pela Universidade Federal de Santa Catarina/Brasil; e bacharel em Artes Plásticas: Pintura (1998), com especialização em Arte Contemporânea (1999), pela Universidade do Estado de Santa Catarina/Brasil. Em 2000 fundou o estúdio www.casthalia.com.br, no qual atua como diretora de criação, por vezes sendo autora do roteiro e/ou produção artística visual. Dentre os jogos já lançados, destacam-se: A Mansão de Quelícera (2006, Casthalia & CEART/UDESC, é recomendado pelo Ministério da Educação/Brasil para o Ensino de Arte e hoje está sendo revisado para lançamento de versão online m 2014); "Mata Atlântica: o Bioma onde eu moro" (2011, LEC/UFSC & Casthalia, introduziu a tecnologia multimouse no Brasil e é recomendado pelo Ministério da Educação/Brasil para o Ensino de Ciências); Tecnologia de Mudança de Comportamento "Nutrição em jogo" (2013, SESI-SC & LEC/UFSC, com heatlh game como estratégia de promotora da mudança). É autora de artigos acadêmicos publicados no âmbito nacional e internacional, assim como de materiais de apoio ao educador e de livros infantis. Tem experiência como docente e pesquisadora acadêmica, abordando relações entre Linguagem Visual, Educação e Tecnologias Digitais.

Referências

ALMEIDA, A. M. O contexto do visitante na experiência museal: semelhanças e di- ferenças entre museus de ciência e de arte. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, vol.12, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0104- 59702005000400003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 3 dez. 2005.

BAHIA, A. B. Jogando arte na Web: educação em museus virtuais. Tese de Douto- rado em Educação, UFSC, Florianópolis, 2008. 400f.

BARTHES, R. Inéditos: imagem e moda. São Paulo: Martins fontes, 2005.

___________. O óbvio e o obtuso: ensaios críticos III. Rio de Janeiro: Nova Fron- teira, 1990.

___________. O prazer do texto. 4a ed. São Paulo: Perspectiva, 1996.

___________. O rumor da língua. 2a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004. BEENKER, Erik. The Collection. Roterdãn: Museum Boijmans Van Beuningen, 2005.

BOSCH UNIVERSE (portal criado junto com Bosch Adventure Game, trazendo textos historiográficos escritos sob supervisão de Adrie Luysterburg, responsável pelo Arquivo Histórico Municipal de Hertogenbosch). Disponível em: <http://www.boschu- niverse.org>. Acesso: 10 nov. 2008. (atualmente indisponível)

BOSCH ADVENTURE GAME. Disponível em: <http://www.boschuniverse.org>.

Acesso: 10 nov. 2001. (atualmente indisponível)

CHAGAS, M. Apresentação. In: . Revista do Patrimônio Histórico e Artísti- co Nacional - Museus: Antropofagia da memória e do patrimônio, Brasília, n. 31, 2005.

MANOVICH, L. El lenguaje de los nuevos médios de comunicación: la imagen em la era digital. Buenos Aires: Paidós, 2006.

___________. Espaço navegável. Revista de Comunicação e Linguagens (Universi- dade Nova de Lisboa), Lisboa: Relógio D’ Água editores, vol. 34/35, jun. 2005.

MOXEY, Keith. Teoria, prática y persuasión: estudios sobre historia del arte. Barce- lona: Serbal, 2004.

MURRAY, J. Hamlet no Holodeck: o futuro da narrativa no ciberespaço. São Paulo: UNESP e Itaú Cultural, 2003.

MUSEO NACIONAL DEL PRADO. Disponível em: <http://www.museodelprado. es>. Acesso: 07 jun. 2008.

MUSEO THYSSEN-BORNEMISZA. Guido contra el señor de lãs sombras. Disponível em: <http://www.educathyssen. org/pequenothyssen/thyssen.swf>. Acesso: 05 jun. 2008.

MUSEUM BOIJMANS VAN BEUNINGEN. Collectie online. Disponível em: http:// collectie.boijmans.nl. Acesso: 19 jun. 2014.

NIGTEN, A. Bosch Adventure Game (conferência assistida em simpósio). Emoção Art.ficial, Fundação Itaú Cultural, São Paulo, 13 ago. 2002.

SAAVEDRA, A.; BENAVENTE, R. El império de las emociones. Revista Patrimônio Cultural, n. 37, ano 10, 2005. Disponível em: <http://www.dibam.cl/patrimonio_cultu-ral/patrimonio_museo /art_imperio.htm>. Acesso: 25 set. 2006.

SALGUEIRO, V. Grand Tour: uma contribuição à história do viajar por prazer e por amor à cultura. Revista brasileira de história, São Paulo, v. 22, n 44, 2002.

URBINA, José Antonio. El Prado. 2ª. Edição. Vitoria-Gasteiz: Sacal Book, 1993. V2_ARCHIVE. Jheronimus Bosch internet game. Disponível em:

mework.v2.nl /archive/archive/node/work/default.xslt/nodenr-124875>. Acesso: 15 ago. 2006.

WILL, C. Entrevista concedida a Ana Beatriz Bahia no Museu Boijmans Van Beu- ningen, de Roterdã, em 27 nov. 2006. Notas.

Downloads

Publicado

2014-12-06

Como Citar

BAHIA, Ana Beatriz. Do quadro ao jogo de fruição: Bosch Adventure Game. Palíndromo, Florianópolis, v. 6, n. 12, p. 144–172, 2014. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/4659. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos Seção aberta

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)