Triste tormenta: o trágico em uma paisagem de Albert Bierstadt
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175234616392024e0006Palavras-chave:
Albert Bierstadt, Ontologia naturalista, Pintura de paisagemResumo
O objetivo do texto é apresentar uma possibilidade de análise da pintura de paisagem da Hudson River School e, em particular, de Albert Bierstadt, por meio de um exame de fatores ontológicos e sócio-históricos. Busca-se, com isso, desenvolver dois pontos. Primeiro, mostrar como a ontologia naturalista organiza o modo hegemônico de classificar essas pinturas; segundo, restituir os modos verossímeis de representação vigentes no período de confecção dos quadros para além dos critérios naturalistas hoje dominantes. Conclui-se, com o auxílio de instrumentos de análise da história ambiental da arte, que a busca pelos “estilos de atenção” praticados nas obras consistia na tentativa de pintores como Bierstadt de fixar um mundo natural em vias de destruição.
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