Reflexões sobre o ativismo dissolvido no contexto de plante na praça: criação de um jardim colaborativo em ambiente urbano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175234612262020159

Palavras-chave:

site-specific art, arte colaborativa, arte urbana, ativismo

Resumo

O Plante na Praça é uma ação artística cotidiana, líquida, fragmentária, coletiva, anônima, que modifica espaços partilhados. Por ter sido construída por vários colaboradores e por eles contribuírem continuamente, em seus diferentes períodos de disponibilidade, a ação política coletiva é fortalecida, pois todos trabalham para o mesmo fim, o bem comum da praça. A reflexão sobre o caráter ativista da ação permitiu aproximações entre o trabalho do artista e do etnógrafo e ainda explorar conceitos, tais como: Ação política e Liberdade, de Arendt, Dissenso e Emancipação, de Rancière; Devir, de Deleuze e Guattari; Micropolíticas por Guattari e Rolnik; Invenção do cotidiano e Antidisciplina, de Certeau.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andressa Rezende Boel, Universidade Estadual de Campinas

Artista. Doutoranda em Artes Visuais pela Universidade de Campinas.

Referências

ARENDT, H. A condição humana (Trad. Roberto Raposo). Rio de Janeiro-RJ: Forense -Universitátia, 1987.

ARENDT, H. O que é política? Fragmentos das obras póstumas compilados por Ursula Ludz (Trad. Reinaldo Guarany). Rio de Janeiro-RJ: Bertrand Brasil, 1999.

CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 2011.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs v.3 (Trad. Aurélio Guerra Neto, Ana Lúcia de Oliveira, Lúcia Cláudia Leão e Suely Rolnik). São Paulo-SP: Editora 34, 2012.

FOSTER, H. O retorno do real: a vanguarda do final do século XX. São Paulo-SP: Co-sac Naify, 2014.

FREIRE, C. Contexturas: Sobre artistas e/ou antropólogos. In: LAGNADO, L. e PEDRO-SA, A. (Orgs.) 27ª Bienal Internacional de São Paulo / Como viver junto. (Catálogo) São Paulo – SP: Fundação Bienal, 2006.

GUATTARI, F; ROLNIK, S. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis - RJ: Vozes, 2008.

GUATTARI, F. Revolução Molecular: pulsações políticas do desejo. São Paulo - SP: Brasiliense, 1985.

HUCHET, S. A elasticidade da arte para com a política: breves bases críticas. In: GE-RALDO, S. G. (Org.). Trânsitos entre a arte e a política. Rio de Janeiro – RJ: Quartet: FAPERJ, 2012.

KOHN, C. A ideia de liberdade como práxis política na “teoria da ação comunicativa” de Hannah Arendt. In: BREA, G.; NASCIMENTO, P.; MILOVIC, M. (Orgs.). Filosofia ou política? Diálogos com Hannah Arendt. São Paulo-SP: Annablume, 2010.

LEITE, R. P. Contra-usos e espaço público: notas sobre a construção social dos luga-res na Manguetown. In: Revista brasileira de ciências sociais, vol. 17, nº 49, Brasil, ju-nho 2002. Disponível em: <http://naui.ufsc.br/files/2010/09/Proen%C3%A7a_Con-tra-usos-e-espa%C3%A7o-p%C3%BAblico.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2016.

RANCIÈRE, J. O espectador emancipado (Trad. de Ivone C. Benedetti). São Paulo - SP: WMF Martins Fontes, 2012.

RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia Vegetal. Rio de Janeiro: Guana-bara Koogan. 8ª ed., 2014.

SZANIECKI, B. Experiências estéticas do comum. . In: GERALDO, S. G. (Org.). Trânsitos entre a arte e a política. Rio de Janeiro – RJ: Quartet: FAPERJ, 2012.

ZOURABICHVILI, F. O vocabulário de Deleuze (Trad. André Telles). Campinas-SP: IF-CH-Unicamp, 2004.

Downloads

Publicado

2020-01-01

Como Citar

BOEL, Andressa Rezende. Reflexões sobre o ativismo dissolvido no contexto de plante na praça: criação de um jardim colaborativo em ambiente urbano. Palíndromo, Florianópolis, v. 12, n. 26, p. 159–173, 2020. DOI: 10.5965/2175234612262020159. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/13708. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Seção aberta