O mar de omar: a prática do documentário como narrativa do eu e do outro nas Artes Visuais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175234611252019230

Palavras-chave:

documentário, modernidade/colonialidade, globalização, natureza

Resumo

O presente trabalho analisa os pro-cedimentos teóricos, técnicos e práticos da produção do documentário “O mar de Omar”. O curta-metragem revisita a madrugada de 27 de fevereiro de 2010, quando o Chile foi sacudido por um dos terremotos mais devastadores de sua his-tória, que causou um tsunami com ondas de até dez metros, deixando centenas de mortos e desaparecidos. A história é apresentada através das memórias de Omar, um “mareiro” chileno que durante quatorze anos construiu sua casa na bei-ra da praia, com materiais trazidos pelo mar e perdeu tudo com a catástrofe. O artigo visa refletir implicações da moder-nidade/colonialidade na globalização e algumas consequências sobre a Nature-za e a vida de pessoas que vivem à parte de sistemas capitalistas de poder. O per-curso teórico parte de estudos culturais e pós-coloniais críticos à modernidade/colonialidade e à globalização, tentando compreender o processo de separação do homem com a Natureza e reflexos que hoje se apresentam nas culturas do Sul-Global.

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Biografia do Autor

Gustavo Antoniuk Presta, Universidade do Estado de Santa Catarina

Mestrado em Artes Visuais pela UDESC, atuando na linha de pesquisa Processos Artísticos Contemporâneos – bolsista CAPES. Especialista em Comunicação Audiovisual pela PUC/PR. Bacharel em Comunicação Social pela UNIVALI. Atua como professor universitário, diretor de arte e produtor audiovisual.

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Publicado

2019-09-01

Como Citar

PRESTA, Gustavo Antoniuk. O mar de omar: a prática do documentário como narrativa do eu e do outro nas Artes Visuais. Palíndromo, Florianópolis, v. 11, n. 25, p. 230–245, 2019. DOI: 10.5965/2175234611252019230. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/12542. Acesso em: 11 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Seção aberta