As censuras contra "Guevara, vivo ou morto…" de Claudio Tozzi

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175234609192017043

Palavras-chave:

Claudio Tozzi, censura, arte e morte, nova figuração brasileira, apropriação

Resumo

A notícia da morte de Ernesto “Che” Guevara incitou o artista visual Claudio Tozzi a produzir uma série de painéis em sua homenagem. O primeiro desses trabalhos, Guevara, vivo ou morto…, ao ser exibido no IV Salão de Arte Moderna do Distrito Federal, em dezembro de 1967, foi pichado por um grupo de direita e violentado por agentes do DOPS na tentativa de sua retirada do certame. Este artigo propõe uma fala, ancorada em uma abordagem fenomenológica, sobre o painel em questão e o aborda como vítima e testemunha do terrorismo de Estado operado pela ditadura militar brasileira (1964-1985), assim como atravessado por uma dinâmica de projeção da imagem de Guevara como máscara vestida pela resistência a esse regime. Além disso, a obra é analisada a partir das censuras que sofreu: a primeira no já citado Salão de Brasília de 1967 e a segunda, em um episódio de autocensura promovido por parte do júri, na atribuição dos prêmios do 17º Salão Paulista de Arte Moderna.

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Biografia do Autor

Alexandre Pedro de Medeiros, State University of Campinas

Doutorando em História, na área de História da Arte, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH/Unicamp). Mestre em História, na área de História da Arte, pelo IFCH/Unicamp. Bacharel e licenciado em História pela Faed/Udesc (2013). É também curador de arte.

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Publicado

2017-12-13

Como Citar

MEDEIROS, Alexandre Pedro de. As censuras contra "Guevara, vivo ou morto…" de Claudio Tozzi. Palíndromo, Florianópolis, v. 9, n. 19, p. 43–66, 2017. DOI: 10.5965/2175234609192017043. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/11045. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

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Artigos Seção temática