A infância e o processo de ensino-aprendizagem entre os Guarani Mbya: jogo, música e educação

Autores/as

  • Daisy Alves Fragoso Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.5965/2525530402022017031

Palabras clave:

Cultura guarani, Crianças Guarani, Jogo ideal, Educação Musical

Resumen

Este texto apresenta e discute brevemente como a concepção de ensino-aprendizagem entre as crianças Guarani Mbya refletia no modo como estas, enquanto colaboradoras de trabalho de pesquisa etnomusicológica, ensinavam suas canções ao pesquisador em questão. Discorre-se, ainda, sobre os desafios encontrados durante o trabalho de campo realizado, no que diz respeito ao processo de ensino-aprendizagem entre a cultura guarani. Os caminhos percorridos durante a superação de tais desafios trazem à luz a maneira como os Guarani concebem a infância e, em consequência disso, como suas crianças aprendem – e ensinam –, o que pode remeter a análises relacionadas ao jogo ideal deleuziano.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Daisy Alves Fragoso, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Universidade de São Paulo (USP)

Mestra em Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade de São Paulo (USP). Professora substituta do Curso de Licenciatura em Educação Musical da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e professora de Educação Musical.

Citas

BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

BRITO, Maria Teresa Alencar de. Por uma educação musical do pensamento: novas estratégias de comunicação. Tese (Doutorado em Comunicação e Semiótica) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007.

COHN, C. A criança indígena: a concepção Xikrin de infância e aprendizado. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. Tradução Luiz Roberto Salinas Fortes. São Paulo: Perspectiva, Ed. da Universidade de São Paulo, 1974.

DOOLEY, Robert A. (Organização, compilação e assistência linguística). Léxico Guarani, dialeto mbya: versão para fins acadêmicos. Porto Velho: Sociedade Internacional de Linguística, revisão de novembro de 1998.

FRAGOSO, Daisy Alves. Entre a opy e a sala de música: arranjos entre crianças guarani Mbya e crianças não indígenas. 2015. Dissertação (Mestrado em Artes) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e história. 6. ed. Lisboa: Editorial Presença, 2000.

______. A antropologia diante dos problemas do mundo moderno. Tradução Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

MACEDO, Valeria. De encontros nos corpos guarani. Ilha – Revista de Antropologia, UFSC, Santa Catarina, v. 15, n. 2, p. 181-210, jul./dez. 2013.

MARTUCCELLI, Danilo. ¿Existen indivíduos en el Sur? Santiago de Chile: LOM Ediciones, 2010.

MIRĨ, Jera Poty. Jera Poty Mirĩ, liderança guarani e vice-diretora da Escola de Educação Indígena Guyra Pepo, na aldeia Tenondé Porã [18 dez. 2013]. Entrevistadoras: Alice Haibara, Joana Cabral e Valéria Macedo.

NUNES, Ângela M. No tempo e no espaço: brincadeiras das crianças A’uwẽ-Xavante. In: SILVA, Aracy Lopedas da; NUNES, Angela; MACEDO, Ana Vera Lopes da Silva (Orgs.). Crianças indígenas: ensaios antropológicos. São Paulo: Global, 2002. p. 64-99.

SCHADEN, Egon. Aspectos fundamentais da cultura guarani. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1962.

SILVA, Aracy Lopes da. Pequenos “xamãs”: crianças indígenas, corporalidade e escolarização. In: SILVA, Aracy Lopes da; NUNES, Angela; MACEDO, Ana Vera Lopes da Silva (Orgs.). Crianças indígenas: ensaios antropológicos. São Paulo: Global, 2002. p. 37-63.

Publicado

2017-12-19

Cómo citar

FRAGOSO, Daisy Alves. A infância e o processo de ensino-aprendizagem entre os Guarani Mbya: jogo, música e educação. Orfeu, Florianópolis, v. 2, n. 2, p. 031–044, 2017. DOI: 10.5965/2525530402022017031. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/1059652525530402022017031. Acesso em: 16 jul. 2024.