Funções e perspectivas históricas de transcrições e arranjos para violão no Brasil: o caso de Melchior Cortez (1882-1947)
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https://doi.org/10.5965/2525530407022022e0109Palavras-chave:
transcrições para violão, arranjos para violão, pioneiros do violão no Brasil, Melchior Cortez, Repertório para violãoResumo
Transcrever ou arranjar peças de outros instrumentos e/ou formações foi uma prática violonística muito comum, no Brasil, desde meados do século XIX. Em diálogo com parte da bibliografia disponível e apresentando fontes primárias, o presente artigo traça um breve panorama histórico das transcrições e arranjos para violão, buscando compreender algumas das funções socioculturais que esse repertório adaptado teve no caso brasileiro, especialmente na passagem entre os anos oitocentos e novecentos. Tomando como objeto de estudo duas transcrições de autores românticos (Chopin e Massenet) realizadas por Melchior Cortez (1882-1947), os resultados sugerem que houve um empenho para que cânones da música de concerto fossem incorporados à literatura do violão, com o intuito de revelar as suas potencialidades e demonstrar que o instrumento poderia servir a qualquer repertório, incluindo “os grandes clássicos […] interpretados nas suas seis simples cordas” (O VIOLÃO, 1928, p.3).
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